Para facilitar a tarefa, apresentamos-lhe o Problem Solving estratégico que é um modelo aplicável a qualquer área de vida. Trata-se de um método simples, mas que requer que se conheçam três passos elementares: a definição, o objetivo, e enfrentar a estratégia do problema em si.
Relativamente à definição, é preciso ter em conta que, antes de procurar uma solução, é preciso saber qual é exatamente o problema que temos entre mãos.
Assim, os especialistas que o implementam recomendam que, uma boa forma de definir um problema é perguntar em que o mesmo consiste, onde está, quando aparece, quem podem ser os responsáveis, como e por que acontece. Ou seja, ir ao fundo do problema para conhecer melhor cada detalhe que o envolve.
No que se refere aos objetivos, é preciso ter em conta que, uma vez definido o problema, é preciso conhecer os objetivos, ou seja, qual é o resultado que pretendemos alcançar. Por exemplo, vamos a uma entrevista de emprego em que precisamos de dominar minimamente um idioma, então temos que nos preparar para fazer face a esse desafio, pois só assim deixaremos de ter um problema, já que nos preparamos para alcançar esse objetivo. Este é apenas um exemplo entre muitos que podem ilustrar um objetivo. No fundo é a resposta que damos a uma determinada exigência para deixarmos de ter um obstáculo em qualquer área de vida.
O último ponto exige-nos que, enfrentemos a estratégia do problema. Assim, e tendo em conta que somos plenamente conscientes do problema que temos, é tempo de estabelecer uma estratégia para resolvê-lo. Sabemos os nossos objetivos e a magnitude do obstáculo. Agora é tempo de pensar no método.
Segundo os especialistas, vai chegar uma altura em que vamos ter de decidir qual a melhor estratégia para alcançar os nossos objetivos e superar o problema. Aqui existem diversas técnicas que este método propõe:
Levar o problema ao limite. Às vezes, para que uma coisa melhore, precisa primeiro piorar. Dizem que “após a tempestade, vem a bonança”. Em muitos casos, chegar ao limite e “bater no fundo” pode ser uma solução para ganhar um novo impulso. Por exemplo, quando há um incêndio muitas vezes não vale a pena tentar salvar nada porque pomos em risco a nossa vida, pelo que é preciso esperar com paciência que os bombeiros apaguem o fogo e “atirar tudo ao alto” para se poder reconstruir do zero.
Backward Planning. Outra estratégia proposta implica fazer o percurso da solução ao contrário. Isto é, imaginar que está tudo solucionado, e começar a estudar como se terá conseguido chegar a esse ponto, ou seja, é como se a pessoa rebobinasse um vídeo que mostra a estratégia a seguir. Por exemplo, os matemáticos usam muito esta estratégia para fazer demonstrações: partem do que querem demonstrar para ver se podem chegar ao que já está demonstrado.
Ver mais longe. A pessoa pode ir mais além do problema, para isso, precisa de visualizar a sua vida ideal e, nela projetar a sua mente. Dessa forma, vai encontrar forças e ânimo para superar a incerteza e localizar a liberdade para ver a melhor solução.
Segundo os especialistas, às vezes, ao analisarmos um problema, precisamos de saber se estamos à procura das melhores soluções e no lugar mais adequado, por isso, é essencial perceber que, nem sempre as melhores respostas estão nos locais que pensamos, por vezes basta olhar um pouco mais ao lado para evitar cair nas armadilhas do nosso cérebro que tende a ir buscar informação passada para resolver os problemas atuais. Chegamos mesmo a acreditar que a solução é a mesma que já utilizamos num cenário semelhante quando, em muitos casos, isso não corresponde à verdade. É preciso ir mais além à procura de novas informações e detalhes que nos permitam dar uma solução mais atualizada para um problema. Estando atentos a este facto, tudo se torna mais fácil e desafiante ao mesmo tempo.
Em conclusão, os entendidos nesta matéria evidenciam que, com este método temos ao nosso dispor uma importante ferramenta para resolver problemas, para isso, apenas devemos acrescentar criatividade, um pouco de descontração e bom humor.
