Já dizia Charles Darwin que, “A ignorância gera mais confiança do que conhecimento”.
Vivemos num tempo e num mundo que nos exige reações rápidas, mas nem sempre as pessoas inteligentes conseguem fazê-lo porque necessitam de analisar, ponderar, avaliar os riscos.
Pelo contrário, as pessoas ignorantes são cheias de certezas e rapidamente agarram aquilo que os outros deixam escapar pelo tempo que gastam a pensar. Esta dualidade faz com que assistamos a cargos de topo ocupados por pessoas pouco aptas, mas que conquistam o poder e a capacidade de afastar os potenciais candidatos, sendo caso para perguntar se as mentes brilhantes não conseguem alcançar o sucesso e se têm de ficar condenadas aos aplausos daqueles menos preparados…
Na posição dos especialistas entendidos nesta matéria, é preciso compreender o que diferencia as pessoas inteligentes das ignorantes e o que faz com que as segundas cheguem mais dperessa ao sucesso.
Em primeiro lugar, a ignorância nunca se torna consciente da sua própria incompetência. É arrogante, acredita que é uma especialista e superestima as suas habilidades com orgulho reluzente: a ignorância assume que sabe tudo. Por outro lado, as pessoas inteligentes questionam mais, são inseguras e carregam um olhar mais humilde, capaz de entender que neste mundo nada pode ser dado como garantido.
Bertrand Russell – matemático e filósofo, disse que o problema desta vida é que pessoas estúpidas estão sempre seguras de si mesmas e pessoas brilhantes cheias de dúvidas. De certa forma, isso explicaria por que os que alcançam o sucesso nem sempre são os mais preparados ou os mais inteligentes. Muitos dos cargos de maior responsabilidade e importância são, em média, ocupados pelos mais inaptos, por perfis que não são muito qualificados, mas dotados de habilidades altamente diretivas.
Num documentário produzido pela BBC intitulado: O problema das pessoas inteligentes (The problem with smart people), foi colocado em evidência que, «a mediocridade alcança mais facilmente o sucesso na nossa sociedade quando confia plenamente no seu conhecimento limitado e sabe “vendê-lo”. O ignorante é um guru quando se trata de ser notado, subscreve a mesma publicação registando que, «no mundo moderno dos negócios, todos nós, de certa forma, somos obrigados a ser promotores de nós mesmos».
Por outro lado, as pessoas mais inteligentes são muito mais discretas, não gostam de falar a seu respeito, muito menos de exibir estatutos ou aquilo que possuem. Acreditam no que sabem, no que são e duvidam daquilo que não lhes faz sentido ou que não possui uma lógica.
Segundo os entendidos, as pessoas inteligentes apresentam algumas desvantagens em relação à conquista do sucesso porque, ao não venderem a sua imagem, ao não dizerem ao mundo que são “as maiores” e “as melhores”, acabam por ser ultrapassadas por aqueles que nada ou pouco sabem sobre uma determinada matéria, mas que conseguem persuadir e influenciar genialmente os outros, razão pela qual rapidamente são famosos e, em muitos casos, endinheirados. Contudo, não tem de ser sempre assim, afirmam.
As pessoas inteligentes precisam então de suportar-se de habilidades que, não sendo semelhantes às dos demais, devem permitir-lhes ascender e obter resultados positivos e, para isso, é imperioso destacar:
- Têm de acreditar que o seu conhecimento é sólido e duradouro no tempo, o que não acontece com quem não o possui;
- Não podem dispersar demasiado a sua atenção, mas sim, concentrar esforços nos seus objetivos, mesmo que demorem um pouco mais de tempo a analisar e a ponderar;
- Devem seguir a sua própria linha de orientação, saber o que os outros fazem e dizem, mas não perder muito tempo e energia com isso. Devem concentrar-se nas suas habilidades e desenvolver as suas próprias estratégias sólidas e consistentes e, se possível, afastar-se de influências tóxicas e destrutivas emanadas por quem diz saber tudo e estar certo acerca de toda a realidade,
- Valorizar o que são, o que sabem e o que podem alcançar, melhorar a autoestima e a autoconfiança - ser consciente das suas habilidades e orientar a sua vida a partir desta permissa;
- Acreditar que, o sucesso depende da determinação, da consciência do que se sabe e do que se quer, pelo que, desenvolver o carisma, a assertividade e a disponibilidade para se apresentar em público sem medo de falhar ou de reconhecer que não sabe tudo;
- Despreocupar-se com as habilidades dos outros, não imitar ou seguir o que fazem, mas orientar bem o seu pensamento com vista aos seus objetivos;
- Ser mais otimista, simpático, extrovertido e confiante ajuda muito a que uma mente brilhante alcance o sucesso, mas não tem de ser como os outros, seja igual a si mesmo: único, genuíno e especial;
- Acreditar que, o conhecimento, aliado ao trabalho e à sorte podem levá-lo mais longe.
- Evitar o conformismo, a apatia e o medo excessivo que naturalmente conduzem a uma postura derrotista e pouco convidativa ao bem-estar e consequentemente à conquista do que pretende;
- Saber exatamente o que quer, o que ambiciona e direcionar as suas habilidades nesse sentido.
Segundo os entendidos, há dois segredos para que as pessoas inteligentes alcance o sucesso: a persistência e a determinação. Ser honesto, autêntico e até um pouco ousado, ajuda muito a que nos possamos expandir no mundo e a que lutemos contra o oportunismo e a mediocridade, concluem os especialistas nesta matéria.