Dicas

Quatro características das pessoas manipuladoras

Quatro características das pessoas manipuladoras
Quatro características das pessoas manipuladoras  
Foto - kues1 / Freepik
Conhecendo as principais características das pessoas manipuladoras, podemos decidir se queremos ou não, manter um contacto com elas.

Importa realçar que, a convivência com este tipo de personalidade é arrasadora tanto para a nossa autoestima, como para a concretização dos nossos objetivos, uma vez que, de forma alguma, estas pessoas aceitam o bem-estar e o sucesso dos outros.
 
Estas pessoas querem tudo só para elas e não hesitam em prejudicar quem quer que seja para alcançarem os seus objetivos sendo que, na opinião dos psicólogos, é essencial que saibamos identificá-las para que depois possamos decidir o que fazer e como reagir antes que isso nos destrua completamente.
 
Interessa registar que, estas pessoas são profundamente infelizes e fazem com que os outros também o sejam. Vivem fechadas no seu mundo e usam os outros como meios para atingirem os seus fins, não se preocupando minimamente com o que lhes provocam ou com os danos que causam, pelo que são consideradas como “perfis tóxicos”.
 
Anote então as principais características das pessoas manipuladoras e admita a complexidade em entendê-las, pois nem os especialistas conseguem fazê-lo com clareza:
 

1 – Narcisismo

Estas pessoas apresentam um amor desmedido por si mesmas, acreditam que são superiores aos outros e que ninguém as consegue travar. Para alimentarem essa ilusão, recorrem a estratégias  tão diversas como abordar assuntos em que sabem que os outros não conseguem provas, que não têm um contraditório e, na sua maioria, contam histórias inventadas por si mesmas para que ninguém as possa questionar ou desmascarar. Acreditam, portanto, que são “as donas da verdade” e que “sabem tudo” e tentam passar essa supremacia a todos quantos com elas convivem, até às pessoas mais próximas como o cônjuge, filhos e demais familiares, acabando por tudo girar em torno das “suas verdades inquestionáveis”. Não mostram qualquer interesse pelas conversas dos outros e até as ridicularizam e minimizam. Abordam assuntos selecionados a dedo como forma de manterem a supremacia. Gozam, desmentem os outros e desvalorizam o conhecimento que os coloque em causa ou que permita que alguém ganhe alguma popularidade na família ou num grupo de pertença.
 
Dentro de si mesmas, as pessoas manipuladoras acreditam que são heroínas e que, tal como os “super heróis”, conseguem tudo o que querem, não sendo de todo fácil modificar-lhes esse pensamento.
 

2 – Maquiavelismo

As pessoas manipuladoras tratam os outros como objetos e recorrem ao maquiavelismo para conseguirem o que pretendem. Para tal, suportam-se da mentira e da chantagem, fingem estar muito preocupadas com os outros quando, na realidade, só estão concentradas no que pretendem e seduzem tanto que, não é incomum que os outros acreditem nas suas histórias e que se envolvam tanto nas suas invenções, como na ilusão de que estão na presença de uma boa pessoa e de um amigo.
 
Este traço encaixa-se num perfil que leva os outros a fazerem o que não querem e que até sabem que não está correto, que conduz as relações ao interesse e á superficialidade e que só ganha quem se alia às suas estratégias quase sempre duvidosas.
 

3 – Ser o centro das atenções

As pessoas manipuladoras não suportam que alguém se destaque, a menos que sejam elas mesmas. Para tal, recorrem às mais variadas estartégias para que consigam manter-se no centro das atenções, nem que seja falar mal dos outros, inventar algo de grave para prejudicar quem se destaca ou é querido num determinado grupo.
 
Nada se importam com o facto de alguém sentir-se mal com o que fazem ou dizem, que a pessoa adoeça mentalmente com as suas estratégias, que sofra, que as aborde, que fale com elas noutro registo porque só estão focadas no seu objetivo: ser o centro das atenções nos mais variados contextos.
 

4 – Inveja

Outra característica muito importante das pessoas manipuladoras é que não suportam que os outros tenham sucesso em aspectos nos quais elas não foram capazes de ter. A enorme necessidade que sentem em destacar-se, leva a que estas pessoas fiquem “enfurecidas” quando alguém obtém algo, quando ocupam uma posição melhor do que a sua, quando se sentem felizes, quando se destacam num grupo, entre outros. Perante este cenário, fazem de tudo para desvalorizar a conquista, falam mal da pessoa, inventam um motivo para justificar o sucesso do outro para que a possam retirar desse centro das atenções e ser ela a ocupar esse lugar e, em muitos casos, fazem-nos com uma arte tão grande que se torna muito difícil desmascará-las.
 
Se tiver mesmo de conviver com uma pessoa assim, saiba que deve colocar-lhe limites de forma a não permitir encontros muito regulares, muito menos situações em que lhe seja dada liberdade total para falar tudo o que lhe apetece, nem durante o tempo que deseja. Naturalmente que se torna muito difícil conseguir estabelecer esta condição, mas pode sempre tentar criando um ambiente diferente do que ela está á espera e proporcionar encontros com pessoas menos interessadas em aplaudir os sucessos e as suas histórias, já que, dessa forma, tenderá a afastar-se.
 
Também não deve criar muitas expetativas e ainda menos acreditar que as pessoas manipuladoras vão mudar, dar-lhe razão, aceitar as suas conquistas e oferecer-lhe sentimentos genuínos porque, para elas, isso está completamente fora de questão e dos seus interesses. Se o demonstrarem é sempre porque têm um objetivo em vista e estão a projetar utilizar a sua amizade e disponibilidade para conseguirem o que pretendem.
 
Diante de um indivíduo desse tipo, há somente duas respostas possíveis: aceitar e tentar minimizar os danos ou cortar completamente a relação. Ambas as respostas são perfeitamente viáveis, mas é necessário compreender o que realmente se passa para que possa tomar a melhor decisão.
 
Lembre-se ainda que, estas pessoas, quando levadas a sério e num contexto íntimo ou mais próximo, provocam-nos muito mal-estar, fazem com que duvidemos de nós próprios, das nossas capacidades, qualidades, valores, convicções e até do que sentimos, por isso, proteja-se e cuide da sua saúde mental adotando uma postura mais consciente e responsável para consigo mesmo.