Dicas

Pessoas que só querem o mal dos outros

 
Ninguém pode dizer que não tem maldade e que só tem bons pensamentos em relação aos outros, no entanto, há pessoas que exageram no mal que fazem aos demais e são esses traços que vamos analisar.

Tendo por base um apontamento da BBC, para se compreender de onde vem a maldade humana, é preciso recorrer à psicologia e ao conceito da “tríade obscura”.
 
Este trio é composto por traços de personalidade que definem as “más pessoas”. Na prática e, em primeiro lugar,  temos o narcisismo como sendo uma justificação para muitos comportamentos negativos de muitas pessoas em relação às outras. Na posição dos psicólogos, os narcisistas concentram-se em si mesmos, querem ser o centro das atenções, ser alvo de poder e admiração e fantasiam que estão acima dos outros de tal forma que não os consideram para nada.
 
Em segundo lugar, temos a psicopatia, que se resume à falta de empatia com os demais, da qual resulta a manipulação, as pessoas interesseiras e que não se importam com os sentimentos dos outros. São igualmente indivíduos pouco confiáveis, mentirosos e capazes de fazer qualquer coisa para alcançarem os seus objetivos, mesmo que isso passe pelo prejuízo de alguém.
 
Em terceiro lugar e, quando de más pessoas se fala, temos forçosamente de incluir o maquiavelismo do qual fazem parte pessoas cínicas, que tentam agradar e parecer muito “boazinhas”, mas na prática, o único propósito que têm é cumprir aquilo que pretendem.
 
Segundo a BBC, estes três traços de personalidade traduzem pessoas muito frias, calculistas e sem a menor capacidade de olharem, de respeitarem e de sentirem a dor do outro. Uns enganam mais do que outros, mas é preciso estar atento e aprender a proteger-se, sob pena de se viverem relações muito dolorosas e prejudiciais ao equilíbrio e ao bem-estar humano.
 
Alguns trabalhos de investigação completam esta ideia com a afirmação de que, as pessoas pertencentes ao grupo da tríade obscura possuem pouca habilidade para respeitar os demais, pouca simpatia, baixa ou nenhuma humildade e honestidade.
 
Ainda de acordo com a publicação da BBC, estudos recentes demonstraram que, para além das características apresentadas e que ilustram “o grupo do mal”, é também de evidenciar a importância do sadismo que igualmente está presente em muitas destas pessoas.
 
Segundo uma equipa de psicólogos da Universidade de Western Ontario, no Canadá, o sadismo deve ser incluído na tríade obscura, passando a denominar-se por  'tétrade' obscura, porque estas pessoas apresentam uma tendência para se envolverem em comportamentos cruéis, degradantes ou agressivos pela procura do prazer ou denominação, sem esquecer que, para o senso comum ser sádico é gostar de provocar sofrimento aos demais. Com mais este elemento, consegue-se, segundo os entendidos, compreender melhor a razão pela qual as pessoas são más e apresentam determinados comportamentos.
 
Para perceberem as características negativas destas pessoas, os investigadores utilizaram as seguintes questões nos seu estudos, sendo que, uma pontuação elevada permitiu retirar conclusões face ao traço dominante:
 
1. Eu aplico peças nas pessoas para que elas saibam que eu tenho o controlo da situação;
 
2. Eu nunca me canso de pressionar as pessoas ao meu redor;
 
3. Eu prejudicaria alguém se isso significasse o meu poder e controlo sobre essa pessoa;
 
4. Quando eu gozo com alguém, acho engraçado vê-lo com raiva;
 
5. Ser mau com os outros pode ser muito divertido;
 
6. Sinto prazer em  ridicularizar as pessoas na frente dos seus amigos;
 
7. Acho divertido ver as pessoas discutirem;
 
8. Penso em ferir as pessoas que me irritam;
 
9. Eu não prejudicaria ninguém de propósito mesmo sabendo que uma pessoa não gosta de mim.
 
Na mesma sequência, há especialistas que afirmam que, todos temos alguns comportamentos que se incluem na tríade acima descrita e que isso não quer dizer que tenhamos de obter um “rótulo”, ainda assim, cabe a cada um de nós a capacidade de avaliar as pessoas com quem convive e fazer as melhores opções, sendo difícil, para não dizer impossível, encontrar alguém suficientemente bom a ponto de não possuir nenhuma destas características.
 
Os entendidos consideram que existe um problema quando a pessoa prejudica constantemente os outros, quando fere, magoa severamente, quando não consegue mudar de direção e seguir um caminho menos agressivo ou maldoso e quando sente prazer em prejudicar os demais. Ou seja, os pequenos atritos que se vivem nas relações e na convivência diária não traduzem que exista um transtorno de personalidade, mas sim quando os comportamentos são exagerados, sejam eles quais forem e provoquem prejuízo de outrem.
 
Para concluir, é de registar que, efetivamente há pessoas muito difíceis de conviver , que há quem seja mesmo muito mau, mas que, felizmente, não é a maioria das pessoas, pelo que podemos sempre estar com quem é melhor e nos quer bem, gosta depreciar o nosso sucesso, de dividir as alegrias connosco e fica feliz com a nossa felicidade, contudo, o oposto existe e temos de estar atentos, sob pena de sofrermos muito e de entrarmos em processos muito difíceis de superar.
 
Fátima Fernandes