Dicas

Aprenda a lidar com pessoas conflituosas

 
Por muito que queiramos afastar-nos dos problemas e de pessoas que nos tragam conflitos, a realidade é que isso é uma missão quase impossível.

Há pessoas conflituosas na família, no trabalho, no grupo de amigos e daí por diante, pelo que, o mais importante de tudo é assumir que tal acontece e, reunir formas de nos protegermos.
 
O primeiro ponto a ter em conta é que não nos devemos deixar arrastar pelos conflitos, por muito difícil que essa tarefa possa parecer, por isso, este apontamento tem em vista fornecer-lhe algumas orientações que podem fazer toda a diferença.
 
É do domínio público que, as pessoas conflituosas estão mal consigo mesmas e que por essa razão “descarregam” essa energia sobre os demais. São pessoas negativas e tóxicas que afetam a qualidade de vida de quem as rodeia.
 
Depois, quanto mais soubermos sobre esse tipo de personalidade, melhor nos conseguimos proteger, adiantam os especialistas na área da psicologia, «por isso, devemos anotar que, essas pessoas possuem uma grande habilidade para enfrentarem os outros e para instalarem os seus conflitos nas relações que estabelecem. Fazem-no através dos seus pensamentos fechados, das suas opiniões, comentários e até através das emoções que expressam que, por norma, são sempre negativas e destrutivas».
 
Assim à primeira vista, dá-nos logo vontade de nos afastarmos desse tipo de pessoas, no entanto, podemos tentar aprender algumas dicas que nos protejam e seguir de forma mais enriquecida e emocionalmente mais fortes, pois afinal, «tudo o que nos acontece pode ser encarado como uma aprendizagem e uma lição de vida», sublinham os mesmos entendidos.
 
Se soubermos que, essas pessoas não estão bem consigo mesmas e que são conflituosas precisamente porque sofrem de um profundo mal-estar e desconforto, rapidamente lhes retiramos uma boa parte da importância e conseguimos desvalorizar-lhes a maioria dos comportamentos.
 
Recordemos as palavras de Gandhi, «uma pessoa que não está bem consigo mesma, vive em guerra com o mundo inteiro» e, a partir daí percebemos que a sua guerra não é connosco, mas sim consigo mesma.
 
Seguidamente devemos reter que, todos podemos ser conflituosos quando estamos com atritos pessoais, para não o sermos, temos de pensar muito bem no que se passa com o nosso eu interior e tentar inverter essa situação negativa. Parar, pensar e analisarmo-nos são, desde logo, a melhor opção.
 
Anote ainda que, uma pessoa conflituosa é geralmente alguém que mente, que discute com facilidade, que está sempre “no contra”, que não manifesta quaisquer sentimentos pelos outros, que faz fofocas, que goza dos outros, que provoca intrigas num grupo, que distorce a realidade quando lhe convém, que critica tudo e todos e daí por diante. Estas são razões mais do que suficientes para não se querer envolver com alguém assim e por pensar muito bem naquilo que não quer ser.
 
Um grande passo a registar é aprender a gerir os problemas gerados pelas pessoas conflituosas.
 
Assim registe que:
• A nossa forma de catalogar as pessoas é decisiva para nos relacionarmos com elas. Para vivermos à margem é importante que não deixemos que isso se torne um círculo vicioso de perguntas negativas e respostas ainda piores.
• É verdade que existem pessoas conflituosas, mas a nossa ideia muda se pensarmos que as mesmas têm problemas emocionais que lhes estão a causar mal-estar e desconforto.
• Todos nós somos conflituosos em algum momento e em certos ambientes. Também uma pessoa que amamos profundamente pode comportar-se como um guerreiro ansioso por vingança. Assim, devemos procurar entender o que se passa e tentar ajudar quem certamente está a passar por algum episódio delicado.
• Outra chave para gerir isso é ter perspetiva e evitar cair na ideia de que cometemos algum erro grave. Se o internalizarmos, as pessoas conflituosas vão “ganhar terreno”, acabando por nos apanhar “o ponto fraco” e por nos arrastar para o seu “mar de conflitos”.
 
Pense também que, se não aceitar essa negatividade, maldade, inveja, raiva e conflitos, certamente que os mesmos vão regressar a quem os tentou transmitir-lhe, daí a importância de ser emocionalmente forte e de aprender a rejeitar essas energias destrutivas.
 
Lembre-se que, «cada pessoa dá aos outros o que tem dentro, seja agradável ou não. Isso não significa que são elas que nos prejudicam, mas sim que somos nós que lhes validamos as opiniões e ações», suportam os profissionais de psicologia.
 
Por fim, tenha em mente que, a nossa arquitetura interna dispõe de “armas para se defender de ataques”, são elas: distanciar-se, entender e saber ignorar o irrelevante.
 
Da mesma forma, o problema não é o que nos prejudica, mas o que replica esse mal milhares de vezes, concluem os mesmos entendidos.