A principal novidade da 51.ª Volta do Algarve, um contrarrelógio com final no Malhão na quinta e última etapa, visa garantir um espetáculo mais completo e chamar mais adeptos, disse hoje o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo.
“A grande novidade é mesmo o último dia, que nos traz a chegada ao Malhão por via de um contrarrelógio individual e não por uma etapa. (…) Esperamos que possa ter mais adesão de público, porque o espetáculo vai ser mais completo e abrangente”, afirmou Cândido Barbosa.
O dirigente falava aos jornalistas em Faro, após a conferência de imprensa de apresentação do percurso da próxima edição da ‘Algarvia’, que se realiza de 19 a 23 de fevereiro de 2025.
Aquela mudança troca “uma chegada fugaz, de dois ou três minutos”, por uma “chegada de duas ou três horas, para todos verem ciclismo e apoiarem os ciclistas, cada um, de forma individual”, explicou o recém-eleito presidente da federação, entidade que organiza a prova.
Cândido Barbosa salientou ainda que, em relação à 50.ª edição, “o pelotão vai manter-se muito idêntico” e que a eventual baixa do belga Remco Evenepoel, vencedor em 2024 e atualmente num processo de recuperação de lesão, será colmatada por outras figuras.
“Daqui e até 10 dias antes da Volta ao Algarve começar, vai haver sempre algumas entradas de outros atletas que possam compensar a saída deste nome, que muito gostaríamos que cá estivesse”, comentou.
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo disse esperar que João Almeida (UAE Emirates), quarto classificado em 2024, e os campeões olímpicos de pista Rui Oliveira (UAE Emirates) e Iúri Leitão (Caja Rural), como outros ciclistas lusos que correm por equipas estrangeiras, possam participar na única prova portuguesa por etapas do circuito UCI ProSeries.
“João Almeida anunciou a presença dele cá. Era importante que todos os nossos ciclistas emigrantes, que estão nessas equipas internacionais, pudessem cá estar todos, porque normalmente só competem em Portugal aqui, no campeonato nacional e agora na Clássica da Figueira”, frisou.
O presidente da Região de Turismo do Algarve, André Gomes, destacou que as 39 horas de transmissão televisiva internacional da prova em 2024 geraram um valor económico “superior a 36 milhões de euros”, comprovando a “notoriedade e importância” da ‘Algarvia’.
O dirigente lembrou os aumentos registados no Algarve em hóspedes (+6,2%), dormidas (+4,6%) e passageiros movimentados no Aeroporto Gago Coutinho (+9%) no mês de fevereiro de 2024, face ao ano anterior, que demonstram “o impacto direto” da prova na economia regional.
Um contrarrelógio com final no Malhão vai decidir o vencedor da 51.ª Volta ao Algarve, com os ciclistas a enfrentarem, entre 19 e 23 de fevereiro, um percurso com apostas ousadas, como uma ‘nova’ subida à Fóia.
O destaque do renovado traçado da ‘Algarvia’, que aposta em novas soluções num percurso em que os locais de partida e de chegada das etapas se repetem relativamente a anos anteriores, é, sem dúvida, o inédito ‘crono’ da quinta e última tirada, que termina no Malhão.
A UAE Emirates é a oitava formação do WorldTour com presença assegurada na 51.ª edição, juntando-se a INEOS, Intermarché-Wanty, Bahrain Victorious, EF Education-EasyPost, dsm-firmenich PostNL, Alpecin-Deceunink e Groupama-FDJ.
Além da equipa do quarto classificado do Tour2024 e dos também portugueses Rui e Ivo Oliveira e António Morgado, também a Tudor, da segunda divisão do ciclismo mundial, foi hoje confirmada na Volta ao Algarve.
Os suíços, que têm como diretor o português Ricardo Scheidecker, a Caja Rural e a Lotto são as ProTeam com lugar garantido, o mesmo acontecendo com as equipas continentais portuguesas.
Lusa