M. Rudd, R.A. Baron ou M.C. Diaomond, são investigadores que se dedicaram a esta temática e que afirmam que, o oceano impacta diretamente no nosso cérebro e que os efeitos, na sua maioria, são positivos começando no romantismo, passando pela liberdade e imensidão que nos transmite até à fonte de inspiração amplamente utilizada por muitos nomes sonantes da nossa História.
Também a psicologia não conseguiu ser indiferente ao poder do mar sobre a nossa mente e a prova disso surge nas conclusões de um trabalho das Universidades de Minnesota e Stanford que registaram que, a imensidão que o oceano projeta proporciona-nos um estado de admiração e surpresa na psique.
A forma como a nossa mente tenta processar a paisagem perante a imensidão do oceano, oferece-nos uma agradável sensação de bem-estar. Por seu turno, a imensidão do mar permite-nos alargar horizontes e expandir a mente de tal forma que nos tornamos mais conscientes de nós mesmos, mais motivados e inspirados para a vida, sugerem os investigadores.
O mar leva a que tenhamos uma diferente perceção de tempo, que mudemos a forma de estar e de pensar, que encaremos as situações numa nova perspetiva e que relaxemos. É um local positivo para meditar, para estarmos connosco próprios, para conversar com alguém, para desabafarmos, nem que seja sozinhos e em voz alta, para ler, escrever, pintar, criar algo novo e daí por diante. A ciência também afirma que o mar nos ajuda a ser mais desapegados daquilo que não nos faz falta e, consequentemente mais generosos, mais libertos, mais capazes de romper com crenças limitantes e padrões comportamentais destrutivos devido ao muito bem-estar que nos proporciona.
Dizem os investigadores que, o mar permite-nos ir ao fundo da nossa criatividade e inspiração, não sendo de admirar que, perante algum tempo em contacto com esta imensidão que, nos sintamos mais criativos, com ideias revolucionárias e com soluções para problemas que nos afetam.
Também há quem afirme que o mar “nos dá as respostas de que necessitamos num determinado momento”.
Está provado que, as ondas do mar podem induzir-nos a estados de mindfulness. O som e o seu efeito fazem com que as ondas alfa do cérebro, que se vinculam ao esforço, mas também ao relaxamento e à tranquilidade, permitam que tudo ao nosso redor pareça desaparecer, levando a que todo o nosso ser ganhe mais sentido e expressividade. Ao concentrarmos as energias em nós próprios, naturalmente que “desligamos” o interruptor doe exterior e damos largas à imaginação, deixando fluir o melhor que somos e que temos como se o mundo deixasse de ser o centro da nossa existência, mas sim, aquilo em que acreditamos, imaginamos e queremos desenvolver. Quando estamos mais vezes perto do mar, é provável que nos sintamos melhores pessoas, que registemos diferenças no nosso modo de ser, estar e de pensar e que aproveitemos melhor a vida, aquilo que temos para dar e para receber e que nos sintamos mais abertos e empáticos para com os demais.