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Deixe de ser uma pessoa triste em 7 passos

Deixe de ser uma pessoa triste em 7 passos
Deixe de ser uma pessoa triste em 7 passos  
Foto Marina Vitale / Unsplash
Há pessoas que se habituaram tanto à tristeza que sentem que não existe uma alternativa a esse estado, no entanto, é sempre possível reverter a situação.

A tristeza é uma emoção que faz parte de nós e deve ser encarada com a mesma naturalidade com que se aceitam as demais emoções, no entanto, o arrastamento de um estado de tristeza é nocivo para a nossa saúde mental e interfere na nossa qualidade de vida a todos os níveis.
 
O primeiro passo para que uma pessoa deixe de ser triste é ir ao fundo de si e tentar compreender qual é a razão desse estado constante. Ouvir-se, chorar se necessário, procurar perceber qual ou quais são os problemas que nos afetam, é a base para contribuir para uma melhoria.
 
Quando os estados de tristeza se prolongam por mais de nove dias consecutivos, devemos pedir ajuda. É ainda importante reter que, não temos de viver em profunda tristeza e que a ajuda de um psicólogo pode ser imperiosa para que encontremos um novo sentido para a nossa vida, para que modifiquemos a nossa forma de pensar, de agir, mas também para que encaremos as situações numa perspetiva diferente pois, muitas vezes, mantemo-nos num circuito fechado e não nos damos oportunidade de desligar esses pensamentos negativos constantes que nos desgastam e interferem no encontro de soluções para os problemas.
 
É também importante que aceitemos que não sabemos tudo e que, com algumas orientações podemos encontrar uma nova forma de estar, de sentir e de pensar, sendo que, uma boa parte desse trabalho está nas nossas mãos.
 
Experimente seguir estas estratégias para começar desde já, a ser uma pessoa menos triste:
 

1. Evite os pensamentos negativos

A melhor forma de se desligar de pensamentos negativos e destrutivos é tentar ocupar a mente com outros conteúdos. Sair um pouco do local onde está, conversar sobre outros assuntos, procurar distrair-se com outros centros de interesse são uma boa ajuda. Tente analisar a situação numa perspetiva diferente. Use um papel e uma caneta e escreva o ocorrido registando também o que faria para superar a situação. Faça-o como se estivesse a dar um conselho a um amigo e a ensiná-lo como sair de um problema. Ao sair desse registo, estará mais liberto para pensar de outra forma.
 

2. Pratique exercício físico

Está provado, através de diversos estudos que, a atividade física e o exercício desempenham um papel fundamental na prevenção e no tratamento da depressão e da ansiedade. Se por um lado, a produção de serotonina aumenta com o movimento e promove o bem-estar generalizado, por outro, a mente distrai-se, liberta-se e sai do tal circuito fechado. Também é importante olhar mais para si, ver como está em forma e sentir-se melhor consigo mesmo, o que são importantes benefícios de praticar exercício físico diariamente e de forma constante. Assuma esse compromisso para consigo mesmo e, aos poucos, vai sentir uma enorme diferença no seu humor e qualidade de vida.
 

3. Altere a sua rotina

Uma pessoa que faça as mesmas coisas e da mesma forma durante longos períodos de tempo, vai sentir-se desgastada e triste, por isso, tente mudar qualquer coisa por muito pequena que seja. Altere o pequeno-almoço, modifique algo na sua casa, faça um passeio noutro local, vista uma roupa nova, mude o visual ou um acessório, contacte com pessoas diferentes, descubra novos centros de interesse, estude, frequente um curso, leia, experimente uma nova refeição, entre outras propostas podem mudar a sua vida diária nem que seja uma vez por semana.
 

4. Conviva com pessoas positivas

Muitas vezes não nos apercebemos do quanto o nosso grupo social nos afeta o humor, o bem-estar e a qualidade de vida. Conviver com pessoas pessimistas, negativas e destrutivas remete-nos facilmente para pensamentos pouco positivos e agradáveis, pelo que, tentar contactar com pessoas mais alegres, com outra forma de pensar, mais libertas, que o respeitem e com quem possa ensinar e aprender algo novo constitui um importante elixir para a saúde mental, qualidade de vida e bem-estar.
 

5. Mude a sua forma de pensar

Aquilo que pensamos pode conduzir-nos tanto para a tristeza como para a alegria, ainda assim, nem sempre nos damos oportunidade de refletir sobre a mesma coisa em diferentes perspetivas, mas se deseja ser uma pessoa menos triste, deverá aprender a fazê-lo. Tente aprender com os seus erros, admitir que, se não tivesse passado pela experiência, não saberia o que sabe hoje e ainda menos seria a pessoa que daí resultou. Aproveite uma falha para pensar naquilo que pode melhorar, uma situação menos positiva para criar uma alternativa e sinta-se cada vez mais livre para assumir que, aprendemos ao longo de toda a vida, que erramos, acertamos, aprendemos e melhoramo-nos diariamente. Cada idade tem um encanto especial, tal como cada cicatriz que carregamos terá o significado que lhe queiramos atribuir, pelo que, se pensarmos positivamente e se lhe dermos um sentido mais agradável, melhor.
 

6. Mude de ambiente

Para mudar de ambiente, não tem de mudar de casa, de cidade ou de país, mas sim, abrir a porta da sua casa e sair com o intuito de viver uma emoção nova. Pode visitar um espaço cultural, assistir a um concerto, peça de teatro, fazer as compras noutro local, ir caminhar  num lugar bonito, experimentar um novo restaurante, levar a família a um parque de diversões ou a qualquer outro local do vosso interesse e onde não é habitual irem, frequentar um curso, uma ação de formação, conhecer novas pessoas e claro, viajar nem que seja dentro do país ou da região, pois não precisa de ir para muito longe para afastar-se das memórias que tem em casa ou na sua cidade, basta que saia por alguns momentos, dias ou simplesmente horas para que note uma grande diferença em si.
 

7. Pratique o autoconhecimento

Acredite que, quanto mais se conhecer, mais feliz será. Certamente que já se perguntou muitas vezes porque reage desta ou daquela forma perante uma situação. Tal como deve ser recorrente perguntar-se porque encara a vida com tristeza e acha que tudo é um tormento. Ao reservar um tempo diário para ouvir o seu diálogo interno, para perceber o que vai no fundo de si, das suas dores, da falta de ação e da tristeza, mais facilmente encontrará a chave para abrir a porta a outras emoções. É verdade que todos vivemos momentos de tristeza, que todos somos tristes, mas também é um desafio encontrar a nossa alegria e os motivos que nos levam a que estejamos tristes durante longos períodos de tempo e, às vezes, a vida inteira. Saiba que não tem de ser assim, que pensar de uma forma diferente leva-nos para outra frequência e que, ao gostarmos mais de nós, relativizamos muito do que se passa à nossa volta e que acreditamos entristecer-nos. Olhe mais para si. Tome consciência de si mesmo. Pense de forma mais positiva e aberta. Abra portas e não alimente circuitos fechados e pensamentos que não saem do mesmo lugar. Se não o conseguir fazer sozinho, peça ajuda, mas saia daí.
 
Por fim, registe que, a tristeza limita-nos a criatividade e os talentos, razões pelas quais é essencial que mudemos de rumo para que possamos dar espaço à tristeza, mas também para que consigamos sair dela. Depois, também é fundamental que interiorize que, a tristeza faz parte da vida tal como qualquer outra emoção, pelo que, quando estamos alegres devemos ter a maturidade suficiente para reconhecer que, mais cedo ou mais tarde, vamos ficar tristes. A vida é uma montanha russa com altos e baixos em que é necessário aceitar que ora estamos a chorar e sabemos porquê, ora estamos alegres porque algo de bom nos aconteceu e que será sempre assim o nosso percurso.
 
A forma como lidamos com esses momentos de equilíbrio e desiquilíbrio, momentos positivos e negativos, vai acabar por determinar a própria aceitação da vida. Admita que é assim e lute quando tem de lutar, analise e interprete a dor quando a sentir, vá ao fundo dos seus traumas porque todos os temos e são eles que nos ajudam a crescer quando interpretados e, sorria quando assim sentir vontade. Viver é este conjunto de emoções que devem ser encaradas, analisadas e interpretadas para que melhor nos libertemos dos problemas e que participemos nos bons momentos.