Foi hoje inaugurado no concelho de Olhão, o polo do Algarve da Altice Labs, uma incubadora de investigação e desenvolvimento de produtos tecnológicos, à semelhança do que já existe por exemplo em Viseu e no Funchal.
A abertura deste polo tecnológico localizado junto à Estrada Nacional (EN125), no Parque Empresarial de Bela Mandil, Freguesia de Pechão, contou com a presença do presidente da autarquia, António Miguel Pina, do presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca e do Presidente da CCDR Algarve, José Apolinário, entre outros convidados.
Com esta sinergia, o autarca de Olhão, quer construir um concelho moderno ligado às novas tecnologias, incentivando inclusive, famílias e a comunidade educativa a unirem-se em torno daquilo que diz ser um desígnio.
O presidente executivo da Altice Portugal, referiu que o Altice Labs, cria soluções tecnológicas e exporta-as para dezenas de países, sendo esse também o objetivo da equipa de Olhão, colocar o concelho e o Algarve, na frente do desenvolvimento económico e tecnológico.
Aos jornalistas, António Miguel Pina explicou que o Algarve e o concelho de Olhão em particular, tem vindo a registar uma diversificação da sua economia, «e esta área é uma área de futuro. Se juntarmos o melhor sítio da Europa e dos melhores do mundo para se viver, e termos cá estes cérebros que inovam, investigam e que trabalham para todo o mundo, ainda melhor».
O autarca frisou que sendo Olhão uma terra ligada à pesca e à agricultura, passando pela indústria conserveira e mais recentemente ao turismo, «queremos agora o mercado da tecnologia e da inovação, e temos espaço ao lado deste polo, caso seja necessário expandir o projeto», garantiu.
Neste âmbito, adiantou que está em cima da mesa, a revisão do Plano Diretor Municipal - PDM, para a criação de mais espaços no concelho para acolher projetos ligados à indústria criativa e de base tecnológica.
O presidente executivo da Altice Portugal, acrescentou que o polo de Olhão, que arranca com quatro técnicos, irá chegar a uma dezena de profissionais a curto prazo. O responsável disse que estes laboratórios tecnológicos permitem descentralizar o centro da tecnologia, que por norma está nos grandes centros urbanos do país como Lisboa ou Porto, exportando para o mundo soluções tecnológicas. Outra mais-valia do projeto passa por criar condições de forma atrair mais gente para a região, «mas gente de qualidade ou simplesmente reter os que já cá estão e que muitas vezes tinham que rumar a outros centros urbanos para poderem fazer o seu trabalho, hoje isso já não tem que ser assim e isso é muito gratificante também para nós».
Alexandre Fonseca falou igualmente da colaboração com a Universidade do Algarve, que tem identificado áreas de investigação, como a inteligência artificial, machine learning aplicado às ciências do mar, área da saúde e a telemática rodoviária, «quero frisar que em todos os nossos polos temos o apoio dos municípios, mas há uma característica-chave, temos sempre uma universidade, um instituto politécnico ou uma academia que nos apoia, e portanto, é com eles que definimos as linhas de trabalho, nós sabemos a tecnologia e sabemos como se faz, mas quem conhece as necessidades no terreno das regiões são os autarcas e quem conhece aquela que é a matéria-prima para o trabalho, que são o talento e as pessoas, são as universidades» concluiu.