Política

Governo diz que fumo branco da Corticeira Amorim em Silves «não representa risco para a saúde pública»

Foto|D.R
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O deputado da Assembleia da República, eleito pelo círculo da Algarve pelo Bloco Esquerda, João Vasconcelos, questionou o Ministério da Economia e Transição Digital acerca da poluição gerada e vivenciada pelos moradores que habitam nas imediações da Corticeira Amorim em Silves.

Segundo informou o Bloco em comunicado, o governo respondeu que tem consciência da avaria do equipamento filtrante instalado na fábrica para melhorar a qualidade ambiental (RTO), o qual ainda não foi substituído, mas afirma que o “fumo visível branco” que tem motivado queixas pela população da área envolvente, "é um processo totalmente natural, vapor de água resultante do processo de aglomeração de cortiça, e que não representa um risco para saúde pública". Também refere que têm sido feitas diligências entre a CCDR/Algarve e a empresa para a resolução do problema.
 
Fonte do gabinete do Ministério da Economia e Transição Digital, avançou ao BE que a unidade fabril encontra-se no local há mais de 50 anos e em produção do mesmo produto, "mantendo uma constante preocupação com o cumprimento da legislação ambiental, em particular quanto à monitorização de emissões e limiares legalmente previstos".
 
Segundo a mesma fonte a unidade industrial emite dois tipos de fumos: um cuja fonte de emissão são os autoclaves ("fumo visível branco", resultado do vapor emitido no processo de aglomeração de cortiça em autoclave) e outro cuja fonte de emissão é uma caldeira ("fumo invisível"), resultado da combustão de biomassa.
 
O governo diz que ambos são objeto de medições de monitorização sobre efluentes gasosos, "tratados e expelidos por chaminés distintas, com sistemas de filtragem diferentes, adequados ao tipo de fumo".
 
Relativamente à avaria do equipamento RTO, o Governo apurou que têm sido feitas diligências de articulação entre a CCDR Algarve e a empresa, no sentido de resolver a situação. Apesar dos testes e medições efetuados, a empresa estima ter uma nova medição das emissões, ainda durante o corrente mês de novembro, de modo a comprovar a causa-efeito do referido "fumo branco", bem como para determinar o curso de qualquer ação que deva ser tomada.