Estas pessoas passam pela vida com medo de serem alegres, sorrirem, de dizerem que estão bem, sempre a recear que, se o fizerem “o mal espreita” e depressa a sorte se transforma em algo negativo, mas os entendidos nesta matéria asseguram que acontece precisamente o contrário.
Quer isto dizer que, quando encaramos as pessoas, as situações e a própria vida numa perspetiva negativa, mais facilmente daremos lugar à chegada de más notícias e a problemas. Quando, pelo contrário, desvalorizamos o supérfluo, minimizamos aquilo que não tem tanta importância e damos mais valor ao positivo, naturalmente atraímos mais conquistas, melhores resultados e mais lucidez para resolver os problemas e afastar-nos de obstáculos porque “cortamos logo o mal pela raiz” e não deixamos que as situações ganhem grandes proporções, garantem os especialistas que analisam estas questões.
De acordo com esta teoria, só quando entendermos que a vida espera muito mais de nós do que a desistência, a reclamação, a negatividade, a atitude brusca e agressiva, o mau humor recorrente e a falta de alegria e entusiasmo para viver, é que conseguimos saber realmente o que é positivo e, naturalmente recebermos mais sorte e força para continuar a lutar e a pensar em soluções para os problemas.
Quem mergulha na negatividade, não vê para além dela, sofre, lamenta-se e nada resolve. Fica à espera “que passe” e, nada faz para sentir-se melhor, mais positivo, alegre e feliz.
Depois, há muitas pessoas que receiam aproveitar os bons momentos porque pensam que não terão uma longa duração e que é melhor estarem sempre preparadas para o regresso da negatividade como forma de se protegerem.
Os entendidos nesta matéria afirmam que, efetivamente ninguém tem o poder de evitar a chegada de pessoas tóxicas à sua volta e de fugir das más notícias, mas a forma como pensamos sobre nós próprios, «pode determinar o modo como nos relacionamos com a negatividade e como nos protegemos dela».
A atitude que transmitimos perante o que é menos positivo, «determina a reação que temos perante aquilo que nos acontece. Uma pessoa positiva analisa até que ponto merece alimentar a negatividade e decide como melhorar a situação, enquanto que, quem reclama, mas nada faz, acaba por aceitar que tem mesmo de ser assim e não altera as circunstâncias dentro do que estaria ao seu alcance», explicam os especialistas, reforçando que, «muito do que atraímos, é uma consequência do que transmitimos».
Tudo começa ao acordar: se pensamos logo que algo não nos vai correr bem, que vamos chegar atrasados ao trabalho, que está a chover e que isso é negativo, que vamos receber uma má nota, um comentário depreciativo ou uma crítica destrutiva, «aumenta significativamente a probabilidade de iniciar algo e de o resultado ser mau», afirmam.
Se nos levantamos com uma atitude descontraída e positiva, prontos para enfrentar o dia com energia, motivação, entusiasmo e a acreditar nas nossas capacidades de superação, resiliência e empatia, naturalmente que vamos encarar os incidentes com uma maior capacidade de ultrapassá-los e de encontrar respostas porque analisamos a realidade em várias perspetivas, sabendo que há sempre algo melhor mesmo nas situações mais complexas, sugerem os entendidos.
Quando estamos desmotivados, aborrecidos, desconfiados, inseguros e daí por diante, o nosso corpo reage e manifesta essas emoções nos comportamentos, o que mais facilmente dá lugar a que menos positividade entre na nossa vida, pelo que, o segredo é tentar entender o que nos está a causar esse mal-estar e avaliar qual será a melhor forma de reagir assertivamente, pois essa postura mais confiante, «afastará uma boa parte da carga negativa. O mesmo se passa com o positivo: ao alimentarmos as emoções positivas, tenderemos a receber muito mais», asseguram.
De acordo com Viktor Frankl, «o que precisamos é de uma mudança radical nas nossas atitudes perante a vida. Precisamos de aprender por nós próprios e depois ensinar aos desesperados que, mesmo que nós não esperemos nada da vida, ela espera muito de nós».
No fundo, a interpretação que damos ao que nos acontece, determina em grande parte o sucesso ou o fracasso que podemos obter e, segundo os especialistas, é tudo uma questão de magnetismo que ganha expressão em termos positivos ou negativos, sendo nossa a escolha de saber em que plano nos queremos posicionar, sabendo que, quem planta ventos colhe tempestades e que, quem leva o sol dentro de si, consegue evaporar o excesso de água.
Por fim, não devemos esquecer-nos da quantidade de energia diária que desperdiçamos com acontecimentos insignificantes, outros que nem são bem assim e ainda possíveis desfechos que, na maior parte das vezes não se concretizam dessa forma, nem são tão negativos como pensávamos. O nosso cérebro possui uma natural tendência para a negatividade, pelo que, se não colocarmos a mente a funcionar e a equilibrar os pensamentos de modo mais leve e positivo, a nossa vida torna-se muito dolorosa e, por vezes, até insuportável.
“Quando nos sentimos positivos com as nossas atitudes, quando aceitamos o prazer e a felicidade como um direito, tendemos a atrair pessoas, situações, momentos e comportamentos ajustados a essa experiência”, já dizia Shakti Gawain.
E lembre-se das palavras de Spencer Johnson: “A melhor forma de encarar a vida é o melhor meio para cuidar de si mesmo. A sua perspetiva é o que irá afundá-lo ou erguê-lo. E a atitude é uma coisa que podemos escolher.”