Foi aprovado nesta quinta-feira, na Assembleia da República, o Projeto de Resolução do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, propondo ao governo a manutenção e o reforço do Programa 365 Algarve.
Para o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, é «fundamental» manter o Programa 365 Algarve, mesmo que seja objeto de alguma reformulação. Defende que um programa desta natureza, se encontre sob a tutela do ministério da Cultura ao invés do ministério da Economia. Segundo o partido, a manutenção e o reforço do Programa 365 Algarve, justifica-se, «por ser tratar de uma das regiões mais atingidas pela grave crise social e económica e com tendência a agravar-se ainda mais, onde a cultura é uma das atividades fortemente afetadas».
No Projeto de Resolução, o BE lembra que o programa lançado em agosto de 2016, em conjunto pelas Secretarias de Estado da Cultura e do Turismo, com um orçamento de 1,5 milhões de euros, e a finalidade de aliar cultura e turismo para combater a sazonalidade no Algarve, acabou por ser «vivamente acolhido» pela Região de Turismo do Algarve e pela Direção Regional de Cultura, atingindo quatro temporadas com a realização de mais de um milhar de espetáculos e de outras iniciativas em todos os 16 concelhos da região.
O Bloco receia por isso, que o programa termine, «sem nada em sua substituição, e nem ao menos uma avaliação e uma decisão oficial por parte dos responsáveis políticos», defendendo que «o Algarve não pode ser só turismo e, muito em particular, na época alta, sendo necessário, diversificar as suas atividades e a dinamização cultural durante o inverno, como importante fator para a quebra da sazonalidade».
Aponta ainda que a cultura, é um veículo de dinamismo económico para os agentes do turismo, para a restauração e para os hotéis.