Sociedade

25º aniversário da criação da Região Administrativa Especial de Macau em exposição no Município de Albufeira

Fotos - Rui Gregório (CM Albufeira)
Fotos - Rui Gregório (CM Albufeira)  
Albufeira é a primeira cidade portuguesa a receber a exposição que assinala os 25 anos, do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau. A cerimónia de inauguração da exposição decorreu esta quarta-feira nos Paços do Concelho. A mostra pode ser visitada pelo público, até ao próximo dia 24 de setembro, durante a semana, entre as 9h00 e as 16h00.

Em Portugal, as comemorações têm lugar em Albufeira, Lisboa e Porto. O presidente do Município de Albufeira, José Carlos Rolo, afirmou que “Macau é para nós um território fundamental para a promoção do intercâmbio cultural entre a China e a Lusofonia. O português continua a ser uma das línguas oficiais de Macau, sendo que a cidade é berço de uma população maioritariamente descendente de portugueses e asiáticos”. O autarca deu os parabéns a Macau e à comitiva presente na cerimónia sublinhando que “há um sangue comum que precisa de ser alimentado através da cultura, da sustentabilidade digital, do turismo e, acima de tudo, de uma ética para o futuro, onde a felicidade de cada cidadão seja um valor a defender em todas as políticas de ambos os países”.
 
 
Seguiu-se a intervenção de Lúcia Santos, chefe da delegação económica e comercial de Macau em Lisboa, que referiu-se à exposição como uma das principais atividades destinadas a celebrar o 25º aniversário do regresso de Macau à pátria e o 25º aniversário da criação da Região Administrativa Especial de Macau. Desde então, a economia do território “tem vindo a crescer rapidamente, nomeadamente após a pandemia, com um aumento do PIB de 25% em termos reais no primeiro trimestre de 2024, uma taxa de desemprego de apenas 2,1% e 8,87 milhões de visitantes num único trimestre”. Lúcia Santos realçou que o ano de 2024 marca, também, o 45.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal, revelando que escolheu Albufeira como primeiro local em Portugal para a realização da exposição fotográfica de Macau porque “Albufeira tem muitas semelhanças com Macau: ambas as cidades são destinos turísticos, têm uma gastronomia deliciosa e acolhem muitos turistas de todo o mundo todos os anos”.
 
Na cerimónia o Embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang, que fez questão de fazer parte do discurso em português, revelou que quando chegou a Portugal descobriu que existia uma amizade muito sólida e profunda entre a China e Portugal, frisando que “500 anos de intercâmbio entre os dois países, sempre com uma relação pacífica e sem conflitos é muito raro na história da humanidade”. 
 
O embaixador destacou que a China já ocupa o 2.º lugar nos rankings da economia a nível mundial, sendo que o seu desenvolvimento contribui para o desenvolvimento de Macau e vice-versa, com impactos significativos em várias partes do mundo. “A China tem um futuro brilhante, logo o desenvolvimento de Macau vai contribuir para o desenvolvimento e cooperação bilateral com Albufeira”, concluiu.
 
 
Após os discursos houve uma troca de ofertas institucionais, a que se seguiu um momento simbólico do corte da fita da inauguração da exposição.
 
Refira-se que a Região Administrativa Especial de Macau é constituída pela Península de Macau e pelas ilhas Taipa e Coloane, cobrindo, atualmente uma área de mais de 30 quilómetros quadrados. Conta com uma população de aproximadamente 700 mil habitantes, 90% dos quais são de nacionalidade chinesa, e os restantes, são portugueses, filipinos, entre outros. Macau preserva não só a cultura chinesa, como também absorve significativamente a civilização ocidental. A interação e fusão das culturas orientais e ocidentais refletem-se nos costumes e nas construções históricas. O “Centro Histórico de Macau” que antigamente era habitado por muitos estrangeiros, principalmente portugueses, deixou um grande número de edifícios com características de ambas as culturas. Estes bairros, não só mantêm o mais antigo conjunto de edifícios ocidentais na China, mas também foi inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO em 2005. Macau foi reconhecida pela UNESCO como Cidade Criativa em Gastronomia.