A vice-presidente da Câmara Municipal, Marlene Guerreiro acompanhada dos restantes elementos do executivo municipal, em funções e da coordenadora do Centro de Educação Ambiental do Município, Cristina Rodrigues, deslocaram-se ao Lar de Terceira Idade da Santa Casa da Misericórdia onde o senhor Paulino se encontra a viver nesta fase da sua vida, para proceder à entrega do reconhecimento, que foi lido pelo próprio, ao lado de familiares.
Conforme explica nota da autarquia, nascido no sítio da Cancela, concelho de Faro, a 26 de junho de 1932, filho de moleiro, Paulino Neves cresceu entre moinhos de vento e a sabedoria herdada do pai. Acompanhou-o na arte de moer, percorrendo vários moinhos na região e cedo desenvolveu uma ligação profunda a esta herança cultural.
Mais tarde, após uma passagem pela emigração em França, regressou a São Brás de Alportel, onde exerceu a profissão de carpinteiro com reconhecida mestria.
Em 2005, aquando do projeto de restauro do Moinho do Bengado, promovido pela autarquia, Paulino passou a colaborar com o Município de forma regular e voluntária. Foi durante quase duas décadas o anfitrião de visitas escolares, grupos turísticos e atividades pedagógicas no Moinho do Bengado.
"Paulino Neves não só preservou a memória dos moinhos, como a transmitiu com generosidade, tornando-se um verdadeiro embaixador da identidade são-brasense", reconhece a autarquia.