Segundo explica nota da autarquia louletana, a partir de Oitocentos, diverso mobiliário urbano foi agenciado nos passeios, praças e jardins de Loulé, alterando a paisagem da vila antiga e os hábitos dos seus moradores. São pequenos e grandes móveis ao serviço do transeunte, como os candeeiros para iluminação e segurança; os bancos para repouso; os marcos fontenários e chafarizes para beber; as fontes de repuxo para refresco; os coretos para música; entre outros.
A Câmara Municipal de Loulé toma como modelo o urbanismo da capital, que seguia o padrão parisiense, e promove a consulta a fornecedores da indústria nacional que começava a vender por catálogo ilustrado. São peças do património urbano e motores de uma nova forma de “habitar” a rua.
Pedro Bebiano Braga é Mestre em História da Arte Contemporânea pela Universidade Nova de Lisboa, com o tema “O Mobiliário Urbano em Lisboa (1838-1938)”. Desde 2007, é investigador no Museu Bordalo Pinheiro/Lisboa Cultura. Foi investigador do Gabinete de Estudos Olisiponenses/CMLisboa entre 1987-2007. Privilegia nas suas publicações e no comissariado de exposições as artes decorativas oitocentistas, resume a publicação da autarquia.