Sociedade

Novo crematório de Faro reserva sala para a "última despedida"

 
 
 
Capela
Capela  
 
Sala da
Sala da "última despedida"  
Forno
Forno  
Diretor geral Servilusa - Paulo Moniz Carreira
Diretor geral Servilusa - Paulo Moniz Carreira  
Sala de tanatopraxia
Sala de tanatopraxia  
Jardim da memória/cendrário
Jardim da memória/cendrário  
Cónego Carlos César Morais Chantre
Cónego Carlos César Morais Chantre  
A Servilusa e a Câmara Municipal de Faro inauguraram hoje, o crematório de Faro, num investimento de 1,13 milhões de euros, com previsão para 600 cremações no primeiro ano de operações.

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No novo cemitério de Faro, o novo crematório da Servilusa, que está aberto 365 dias por ano, tem uma entrada independente e uma zona técnica, permitindo que o acesso das funerárias e das urnas seja assegurado por uma área distinta daquela que está reservada ao público e famílias.
 
O novo crematório da Servilusa tem concessão para 30 anos, foi construído em 11 meses, está instalado num edifício com 390 metros quadrados e possui dois fornos distintos, um para crematório e o outro, pirolítico (queima dos resíduos do cemitério).
 
As principais valências de apoio ao serviço de cremação, no novo crematório de Faro incluem receção, sala de estar, cafetaria, capela ecuménica, sala de estar, sala de última despedida, tanatopraxia e jardim da memória/cendrário.
 
Um elemento diferenciador do novo crematório, passa pela sala da última despedida, que permite ao cliente acompanhar até ao último momento o seu familiar ou amigo, na medida em que torna possível visualizar a entrada da urna no forno, por uma sala adjacente e através de uma janela em vidro (cuja cortina se fecha quando a cerimónia termina) ou a partir de um LCD, instalado na capela.
 
Paulo Moniz Carreira destaca que «com este investimento da empresa em Faro, dá continuidade ao seu plano de expansão na área da cremação, crescente em Portugal, cumprindo igualmente o desígnio histórico de contribuir para o desenvolvimento do setor e das comunidades onde opera». O diretor geral de negócio da Servilusa acredita que «este compromisso vai ao encontro da maior procura que se tem verificado no mercado, com a cremação a assumir um peso crescente como opção nos funerais realizados em Portugal».
 
Juntamente com os restantes crematórios já sob sua gestão, (Cascais, Elvas, Figueira da Foz, Leiria, Porto, Póvoa de Santa Iria e Rio de Mouro) a inauguração de hoje reforça a liderança da Servilusa na gestão de crematórios, agora com oito unidades em operação.
 
Portugal, que regista uma taxa média aproximada 20% de funerais com cremação (e mais de 50% em Lisboa), fica agora com 32 crematórios, 28 dos quais instalados no continente - e destes, oito são geridos pela Servilusa.
 
Para o Presidente da Câmara Municipal de Faro, trata-se de «uma antiga aspiração dos farenses e da região do Algarve». O autarca lamentou o tempo perdido em todo o processo, mas registou que o mais importante «é que está a funcionar, sendo um espaço de excelência». 
 
O novo crematório vem de certa forma ajudar a autarquia, a gerir os dois cemitérios da cidade, na medida em que ambos estão cheios, o que obrigou a um investimento camarário para a instalação de 500 novos gavetões no novo cemitério: «neste momento a situação está mais ou menos controlada, mas se houver um ano com mais funerais que a média (entre 400 a 500 funerais/ano) aí podemos ter problemas, caso contrário com o novo crematório, pensamos que vai ajudar a aliviar a pressão de esgotamento dos espaços», sublinhou Rogério Bacalhau.
 
O autarca referiu que o novo crematório, não se destina só à população de Faro, mas a todas as famílias que dele necessitem, quer da região do Algarve, quer mesmo do Baixo Alentejo.
 
Nos termos do contrato de concessão, a Câmara de Faro vai receber 1700 euros por mês pela ocupação do terreno e um por cento do valor de cada cremação, com a garantia de um desconto para os munícipes do concelho – os residentes em Faro pagarão 258 euros por cremação, enquanto os não residentes pagarão 309 euros. As ossadas terão um custo de 180 euros.
 
O Algarve passa assim a ter dois crematórios em funcionamento, em Faro e Albufeira, este último inaugurado em março.