A Câmara Municipal de Lagos e a Associação Aldeia vão celebrar um protocolo de colaboração que tem como objetivo criar condições para a continuidade do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, com sede no Parque Natural da Ria Formosa no concelho de Olhão.
O documento, que foi aprovado na última reunião do executivo lacobrigense, prevê que o município apoie financeiramente a recuperação de animais selvagens encontrados feridos ou doentes, assim como a investigação e educação ambiental, tendo como alcance a preservação da fauna selvagem e da biodiversidade no Algarve.
De acordo com a autarquia, estes serviços vêm sendo desenvolvidos desde 2009, sob orientação do ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e em articulação com a equipa do SEPNA – Serviço de Proteção da Natureza da GNR, contando com o patrocínio de várias entidades, a que se juntam também os municípios.
Segundo os dados disponibilizados, relativos a 2019 e 2020, foram recolhidos apenas no concelho de Lagos e encaminhados para o centro RIAS um total de 164 animais de 27 espécies diferentes (sobretudo aves), dos quais 131 chegaram vivos, tendo sido recuperados e devolvidos à natureza 78 animais. Reportando-se aos dados da região, no último ano o número aumentou significativamente, perfazendo um total de 3150 animais ingressados.
Lagos contribui assim com uma verba anual de 2500 euros. O protocolo tem a vigência de um ano, com a possibilidade de renovação automática por iguais e sucessivos períodos de tempo.