O futuro hospital central do Algarve, poderá passar por uma parceria público-privada (PPP), informação prestada pelo Presidente da CCDR ao Algarve Primeiro, no âmbito de uma reunião de esclarecimento sobre o Quadro Financeiro Plurianual - 2021-2027.
José Apolinário avançou que, a posição da região sobre o hospital central do Algarve, é clara, de acordo com o documento aprovado pelo Conselho Regional da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento da Região do Algarve, (sobre do Plano de Recuperação e Resiliência), que envolve os municípios, setores empresariais e parceiros sociais, «foi entendido que há condições para retomar a parceria público-privada, precisamos agora é saber se o Estado avança ou não com essa parceria, se a decisão for para não haver condições para avançar, terá de se redefinir o processo em relação ao hospital», explicou.
O responsável defendeu que há condições para retomar a parceria público-privada, «se o Ministério da Saúde entender de que não há, então tem de haver outra proposta porque o tema da saúde não se pode adiar por mais tempo». Se existir a possibilidade da PPP, «podemos discutir como será o equipamento, agora nós precisamos de dinheiro para diversificar a economia e para criar emprego na região, e não será o dinheiro do PO Algarve que irá construir a infraestrutura, contudo, poderá haver apoio direcionado para equipamento do hospital, que poderá chegar aos 40 a 50 milhões de euros», avançou.
No Quadro de Apoio Comunitário (QCA) 2014-2020, foram já canalizados cerca de 17 milhões de euros para projetos ligados à área da saúde na região.
Refira-se que o Programa Operacional Regional do Algarve 2021-2027, conforme o nosso jornal noticiou, terá uma dotação de 778 milhões de euros, em que 400 milhões são provenientes do FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, (40% para a ciência e empresas, 30% para o clima e riscos, mobilidade suave, energias renováveis, 25% para os municípios, freguesias, serviços de interesse geral, parcerias para a coesão e 8% para desenvolvimento urbano sustentável).
78 milhões de euros do FSE - Fundo Social Europeu, serão canalizados para qualificações, emprego e inclusão social, com 300 milhões de euros adicionais, para a diversificação da base económica, conseguidos por proposta do Governo no Conselho Europeu de 21 de julho de 2020, para impulsionar a competitividade, o crescimento e a criação de emprego, com vista à diversificação da atividade económica na região.
Outro dado a reter é que a taxa de execução do atual QCA, deverá rondar os 49% no final de junho, com a expetativa de que a 31 de dezembro chegue aos 60%.
Dos 318,6 milhões de euros disponíveis no PO Algarve 2014-2020, 233 milhões foram já canalizados para as empresas da região.