Sociedade

Fuinha atropelada com prognóstico bastante reservado recupera de forma surpreendente no RIAS

 
 
Desde que o Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens da Ria Formosa - RIAS está em funcionamento (2009) até dezembro de 2020, recebeu 373 animais vivos vítimas de atropelamentos. Dada a gravidade dos ferimentos que geralmente apresentam, a recuperação nem sempre é possível, e por isso, apenas foi possível libertar novamente à natureza 88 (23%).

 
No início do mês de janeiro, foi recebido mais um caso de atropelamento, neste caso de uma fuinha, (Martes foina) encontrada em Aljezur, que foi transportada para uma clínica veterinária em Lagoa, que direcionou o animal para o RIAS. 
 
Entre os graves problemas de saúde, a equipa veterinária teve de atuar rapidamente, inserindo o globo ocular esquerdo que se encontrava fora da órbita, impedindo que secasse, além de apresentar um traumatismo nos tecidos moles do focinho e uma fratura longitudinal no palato, tornando difícil a respiração. 
 
Após ser assistido, o animal foi deixado em repouso durante a noite a recuperar do estado de choque em que se encontrava, tendo-lhe sido aplicada oxigenoterapia para melhorar os parâmetros respiratórios.
 
Apesar da gravidade da situação, e para surpresa da equipa, "a lutadora continua viva", com a fratura do palato praticamente selada, tendo sido possível fornecer-lhe alimento - nesta fase, comida líquida - e a beber água, apesar da dificuldade.
 
De acordo com o RIAS, o animal já está a aceitar alimento sólido, acreditando que dentro de semanas, as notícias sejam de total recuperação.