Para o deputado algarvio do PSD, ao longo dos últimos meses, "tem-se registado um incomum aumento de queixas por parte de doentes e familiares a respeito da falta de medicamentos no Centro Hospitalar e Universitário do Algarve".
Em comunicado o parlamentar revela que muitos desses casos, "já denunciados em mais do que uma ocasião pelos deputados do PSD na Assembleia da República, continuam a manifestar-se, alguns deles até com maior gravidade, levando doentes ao desespero e a deslocarem-se às farmácias dos hospitais para recolher a medicação que lhes é prescrita, mas que por força de sucessivos adiamentos, vêem a sua situação clínica deteriorar-se, causando muita angústia em pessoas que estão em situação de fragilidade".
A título de exemplo, Cristovão Norte refere no mesmo documento enviado à imprensa, que tem sido adiado "sine die" a entrega de Privigen ou Octagam, terapêutico para casos de sindromes de imunodeficiência primária, ainda medicação para doentes após transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas; infeções bacterianas recorrentes em doentes com leucemia linfocítica crónica, infeções bacterianas recorrentes em doentes com mieloma múltiplo em fase estacionária que não tenham respondido a imunização pneumocócica, SIDA congénita com infeções bacterianas recorrentes, doentes com risco elevado de hemorragia ou antes de uma cirurgia para correção da contagem de plaquetas; doença de Kawasaki ou síndrome de Guillain-Barré.
O deputado defende que o Governo deverá dotar o CHUA dos instrumentos financeiros e de gestão "para que estas falhas progressivamente mais recorrentes sejam resolvidas, tomando medidas para estancar a hemorragia na região".