A poupança alcançada durante o ano de 2024 permitiu ao organismo regional algarvio ultrapassar as “metas de eficiência energética” traçadas para o período 2022/2024, destacou a CCDR do Algarve num comunicado.
As intervenções no edifício sede foram realizadas com financiamento do Fundo de Recuperação e Resiliência (PRR) e permitiram instalar “um sistema solar fotovoltaico com armazenamento para autoconsumo ligado à rede de baixa tensão”, que foi “complementado por baterias que possibilitam o desfasamento entre a produção e o consumo de energia”, indicou a CCDR.
Estes equipamentos permitem reduzir a “dependência da rede elétrica”, potenciar “o aproveitamento da energia renovável produzida localmente” e evitar a emissão de cerca de 15 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, beneficiando o ambiente, salientou o organismo regional.
“As medidas levadas a cabo resultaram numa redução efetiva de 42,3%, ultrapassando as metas previamente definidas”, quantificou a CCDR, frisando que a classificação energética do seu edifício sede passou do nível B para A+.
A CCDR esclareceu que, “antes da intervenção, o edifício registava um consumo anual de 109.297 kWh de energia elétrica proveniente da rede, valor que desceu para 63.061 kWh em 2024”.
“Adicionalmente, foi possível evitar a emissão de 15,97 toneladas de dióxido de carbono, reforçando o contributo ambiental das intervenções”, acrescentou.
A CCDR do Algarve considerou que os resultados alcançados foram “validados através de uma avaliação energética ex-post, que confirmou não só o cumprimento dos objetivos propostos, mas também a eficácia real e mensurável das soluções aplicadas”.
O desempenho energético alcançado permitiu ao CCDR Algarve superar “os objetivos definidos no Plano ECO.AP 2030, que previa, para o período 2022–2024, uma redução de 20% nos custos com energia e uma descida de 7% nas emissões de gases com efeito de estufa”, frisou.
A CCDR anunciou também que a eficiência energética continuará a ser melhorada, estando atualmente em curso “trabalhos preparatórios das intervenções no CEAT – Centro de Experimentação Agrária de Tavira e no Edifício de São Francisco, em Faro”, onde também estão instalados serviços da comissão regional.
“Está ainda previsto o arranque, em breve, de obras no Edifício Doglioni, também em Faro. Estas ações visam estender os resultados alcançados, reforçando o contributo da administração pública desconcentrada nos desafios da eficiência energética”, definiu.
As intervenções foram realizadas através de um projeto “cofinanciado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), através do Fundo Ambiental, no âmbito do investimento TC-C13-i02 – Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central, com o apoio da União Europeia – NextGenerationEU”, observou.
Lusa