O Bloco de Esquerda promoveu uma ação de sensibilização sobre a importância da ferrovia para a região e a emergência da modernização da linha do Algarve.
José Gusmão, cabeça de lista do Bloco por Faro, nas próximas eleições legislativas e acompanhado por outros ativistas, contactaram com utilizadores da linha em direção e a partir de Faro.
O candidato recordou que o investimento na linha do Algarve está parado há quase duas décadas desde a eletrificação do troço entre Tunes e Faro em 2004, mas continuam por modernizar os troços entre Faro e Vila Real de Santo António e entre Tunes e Lagos. Afirmou que o transporte ferroviário deveria ser, o centro de um sistema de transportes, assegurando a mobilidade das populações e a circulação de mercadorias e bens, sendo um transporte do futuro porque permite compatibilizar uma mobilidade eficiente com a transição energética e o combate às alterações climáticas.
O Bloco acusou ainda os sucessivos governos PS/PSD de prometerem e terem adiando este investimento «absolutamente decisivo» para o Algarve.
O partido assumiu o compromisso de defender a modernização da linha do Algarve no próximo mandato, com vários objetivos:
- a urgente eletrificação da Linha do Algarve nos troços Lagos-Tunes e Faro-Vila Real de Santo António.
- a articulação de todas as estações da linha com transportes coletivos para as localidades circundantes.
- a inclusão de uma ligação ferroviária direta ao Aeroporto de Faro com possibilidade de ligação à Universidade do Algarve.
- o início dos contactos necessários com o Governo Espanhol com vista à criação de uma ligação entre o Algarve e a Andaluzia.
- o escrupuloso cumprimento de todas as normas de acessibilidade para pessoas com deficiência.
José Gusmão referiu ainda que o investimento nas linhas e no material circulante deve ser acompanhado da revitalização das atividades industriais associadas à ferrovia, «há demasiados anos abandonadas por sucessivos Governos».
O partido diz que as questões da mobilidade estarão no centro da sua campanha, desde a ferrovia aos restantes transportes coletivos, passando pelas portagens na Via do Infante e a situação da EN125.