Economia

André Gomes apresentou candidatura à presidência da RTA, batendo-se por mais investimento no Algarve

Fotos - Algarve Primeiro
Fotos - Algarve Primeiro  
André Vargues Gomes, apresentou-se esta segunda-feira, como único candidato à presidência da Entidade Regional do Turismo do Algarve (RTA), ao lado do seu núcleo duro.

As motivações da sua candidatura prendem-se, segundo disse, "com a região onde cresci, onde dediquei 20 anos de trabalho, 15 deles no turismo, é o meu território afetivo, é a minha casa, onde casei, onde tive filhos e por isso atrevo-me, a levar mais longe o principal destino turístico português".
 
 
Admitindo que subscreve na íntegra a estratégia do atual presidente da RTA, João Fernandes, a sua aposta deverá incidir na diversificação e valorização da oferta da região, contando com o apoio da CCDR Algarve e do Programa Regional Algarve 2030.  Além do produto principal que é o sol e mar, André Gomes disse que é preciso não esquecer que a região oferece outros atrativos, tendo especificado, a serra e o barrocal, a qualidade dos equipamentos existentes para a realização de eventos e reuniões, os campos de golfe ou a biodiversidade, com uma reserva natural, dois parque naturais, Rede Natura 2000, paisagens protegidas e monumentos naturais, "todo um património etnográfico e industrial, muito rico e diversificado", evidenciou. 
 
Defende que a região deve continuar a desenvolver motivações de visita nos segmentos náutico, de natureza, cultura, desporto, gastronomia e enoturismo, animação, saúde e bem-estar, "que permitam aos visitantes experimentarem a nossa cultura, a nossa história e o nosso modo de vida local", para isso, entende que esta diversificação de produtos deve ser acompanhada "pela promoção e utilização de tecnologias avançadas e inovadoras  que melhorem a experiência dos turistas, estimulem a competitividade das empresas e aumentem a adoção de novas tecnologias no setor". 
 
Nas atuais circunstâncias, e sobre as adversidades ligadas às alterações climáticas, o candidato é defensor de uma indústria turística mais sustentável, "com práticas de turismo responsáveis, no respeito absoluto pelo meio ambiente e pela nossa comunidade local". 
 
 
Os objetivos que traçou para a RTA, passam pela exploração de "novas geografias", além do reforçar a presença da marca Algarve, nos mercados estabelecidos, através da participação em feiras e eventos internacionais, organização de eventos e estabelecimento de parcerias, com entidades públicas e privadas do setor.
 
Na apresentação da sua candidatura, André Gomes, falou da necessária melhoria dos acessos rodoviários e ferroviários, aeroportuários e portuários, o alojamento e serviços: "tudo isto são matérias muito sensíveis para o desenvolvimento das sociedades modernas  e consequentemente de uma indústria de turismo cada vez mais exigente", explicou. 
 
 
Para o fim, o candidato deixou uma área que afirmou ser "uma das grandes causas" do seu mandato nos próximos 5 anos, lembrando que o Algarve é a região que mais contribui para a economia do turismo a nível nacional, no entanto, "somos a entidade que menos recebe para a sua atividade. A RTA como as outras entidades regionais de turismo está claramente subfinanciada, e esta é a realidade que enfrentamos  todos os dias". André Gomes explicou que a verba do orçamento de estado atribuído às entidades regionais de turismo, tem-se mantido inalterada desde 2016, "inicialmente foi reduzida de 20,8 milhões para 17,8 milhões e mais tarde para 16,4, montante que se mantém ainda hoje", frisou. Face a esta realidade, disse que se fosse aplicado o índice de preços do consumidor ao montante do orçamento de estado de 2016, as entidades regionais de turismo, contariam hoje com um orçamento de estado na ordem dos 22,2 milhões de euros, em que a RTA receberia em 2023, 5,5 milhões, "ao invés disso receberemos 4,1 milhões, e sobre os quais recaem hoje cativos na ordem dos 600 mil euros, ao juntarmos a esta injusta equação as cativações impostas pelo governo, facilmente concluímos ser o reflexo de um forte desinvestimento no turismo do Algarve", criticou. 
 
Sobre esta questão, referiu tratar-se de "uma luta antiga da RTA", que os anteriores presidentes travaram, a que promete juntar-se e "lutar com energia renovada". Justificou que "há muito" que a entidade regional de turismo do Algarve provou que tem condições para uma maior autonomia administrativa e financeira, batendo-se para essa condição.