Com 60 mil euros em bolsas, a Academia do Centro de Frutologia Compal diz em comunicado que, «continua a apoiar a fruticultura nacional, promovendo inovação e sustentabilidade no setor».
Na edição de 2024, destacaram-se três empreendedores pelo impacto e inovação dos seus projetos: Bruno de Jesus, 29 anos, produtor de citrinos em Tavira, valoriza a tradição local com produção integrada e aposta em tecnologias de gestão agrícola e parcerias comerciais que respeitam o meio ambiente. Concorreu com um projeto de 4,8ha de aumento da exploração e instalação de citrinos, nomeadamente limão e aranja, em Tavira. Escolheu as variedades permitindo o alargamento do calendário de colheita para promover a entrada de receitas ao longo de todo o ano. Vai apostar em tecnologia, como eixo crítico para a gestão da exploração e muito especificamente para a gestão ótima da utilização da água, práticas de sustentabilidade ambiental e certificações.
Maria João Guedes, 30 anos, produtora de mirtilo em Vila Nova de Gaia, aposta na reconversão de um hectare de mirtilos para variedades mais adaptadas ao mercado e na redução de desperdício através de práticas que aumentam a produtividade e a sustentabilidade.
Paulo Costa, 56 anos, produtor de figo em Torres Novas, está em processo de transição para modo biológico e lançou a marca Olaia Natura, que abrangerá frutas, hortícolas, mel e bebidas alcoólicas.
Na seleção dos melhores projetos foram valorizados o grau de conhecimento técnico, o desenho estratégico do seu negócio e práticas de sustentabilidade a aplicar. Para além de competências técnicas e de negócio reforçadas, cada um dos três vencedores leva uma bolsa de instalação no valor de 20 mil euros para apoiar e aplicar nos projetos apresentados.
Refere a publicação que, nesta edição, a Academia introduziu pela primeira vez um módulo de Inteligência Artificial aplicada ao negócio, refletindo o pioneirismo do programa, bem como o reforço da componente híbrida do programa de formação.
A cerimónia de entrega das bolsas decorreu ontem, dia 26 de novembro, em Lisboa. Para além do anúncio dos três vencedores, a sessão abordou ainda a valorização da fruta portuguesa junto dos consumidores e o futuro da fruticultura.