Decorreu numa unidade hoteleira em Albufeira, a 7.ª edição da cerimónia de distinção das PME’s Líder e PME’s Excelência, relativa ao ano de 2021, um ato concebido pelo Município de Albufeira que visa enaltecer a excelência empresarial e motivar as pequenas e médias empresas do concelho.
Ao todo, foram distinguidas 90 empresas. Dessas 90 empresas, o município de Albufeira informa em comunicado que, 36 classificaram-se como PME Excelência. Trata-se de um selo de qualidade atribuído pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal às empresas que mais contribuíram para a competitividade e para o desenvolvimento da economia nacional.
A cerimónia começou com uma homenagem a José Gomes Leandro, proprietário do local onde decorreu a cerimónia, conhecido como um decano do Turismo em Albufeira, sendo um dos primeiros empresários do País a apostar na modernização e eficácia energética.
Com uma intensa atividade empresarial ligada à hotelaria e um vasto currículo na área turística e associativa, o autarca José Carlos Rolo fez questão de completar o seu perfil: “José Leandro espalha humanismo, cultiva a amizade e pratica a dedicação a Albufeira”.
O empresário que foi anteriormente homenageado pelo Município com a Medalha de Grau Ouro, projeta agora para Paderne um empreendimento turístico de 5 estrelas a partir da ideia da sustentabilidade, com base nos recursos da Natureza, designado Hotel Vale do Tempo. “Tudo o que aconteceu até agora, teve uma razão de existir. Tudo quanto eu fiz, partiu sempre de um pensar nos outros, relegando-me sempre para o final”, referiu.
Sobre o novo investimento, disse: “Resta-me cumprir ainda apenas um sonho, o do Hotel Vale do Tempo, um hotel rural para homenagear os meus antepassados”. O futuro hotel localiza-se em Vale de Pegas, inserindo-se no Barrocal Algarvio, marcado pela ruralidade e pela baixa densidade populacional.
O vice-presidente da autarquia e responsável pelo pelouro do Empreendedorismo, Cristiano Cabrita expressou o “orgulho” nas empresas que demonstraram “um bom desempenho” no ano de 2021. “Serve esta cerimónia para reconhecer a excelência do vosso desempenho para que em uníssono possamos fazer de Albufeira o melhor sítio do mundo para viver, bem como o melhor destino turístico. Sintam por esta autarquia, o mesmo carinho que a autarquia sente pelo vosso trabalho”, disse.
Carlos Abade, membro do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal – I.P., salientou que este selo de qualidade é extensivo aos cerca de 1500 trabalhadores que se empenham nestas empresas e lembrou que “o desafio da inovação continua” e que “todos temos que fazer mais e melhor, e diferente, atentos ao mercado da sustentabilidade” e da “eficiência”. Salientou ainda que o prémio que se atribui às PME’s “ vai ter que evoluir. Temos que associar a sustentabilidade, os desafios sociais, àquilo que é feito pelo meio ambiente e pelo meio social”.
Por parte do IAPMEI, o vogal do conselho diretivo, Nuno Gonçalves, lembrou que, referindo-se estas distinções a um período difícil da economia, estão “também a premiar a capacidade de resiliência das nossas empresas”. Apontou o reforço de laços entre IAPMEI e Turismo de Portugal,
O presidente da CCDR-Algarve, José Apolinário, frisou a importância da “economia de proximidade” e expressou algumas das ideias que estarão na base dos próximos apoios no âmbito do Plano 20-30 de recuperação económica de Portugal: “estão destinados 250 milhões de euros às empresas da região. As micro e médias empresas têm que ser o motor deste Plano 20-30. Irá haver novas exigências, nomeadamente quanto à diversificação, transição climática e digital no Turismo”. Este responsável não duvida de que “os turistas do futuro vão fazer as suas escolhas com base na sustentabilidade”.
José Carlos Rolo lembrou que “as empresas de turismo não seriam o que são se não houvesse outras empresas de outras áreas, a sustentar todos os serviços que prestam”, pelo que urge à economia de Albufeira também evoluir para outros setores.
O autarca salientou a importância das agências bancárias em todo este processo de atribuição de distinções, e lembrou as dificuldades passadas aquando da pandemia, bem como as presentes, decorrentes de atual guerra na Europa. “O problema da mão-de-obra, a escassez da água e as alterações de clima”, estão na mira das preocupações que são de todos”, tendo demonstrado satisfação pelo facto desta edição bater o recorde de empresas premiadas.
Das empresas distinguidas, 50% (45 empresas) são relativas a “Alojamento, restauração e similares”, 18% (16 empresas) são da área de “Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos” e 11% (10 empresas) são relativas à atividade da “Construção”.