A 50.ª edição da Volta ao Algarve, realizada entre 14 e 18 de fevereiro, bateu todos os recordes de impacto mediático, revela um estudo encomendado à Cision pela Federação Portuguesa de Ciclismo, conhecido nesta semana.
O espaço mediático ocupado pela Volta ao Algarve equivale a um valor de 36 054 649 euros, um recorde absoluto desde 2018, ano do primeiro estudo feito pela Cision. É um valor 13 por cento superior ao anterior máximo, que datava de 2023, e representa um retorno de 46 vezes o orçamento do evento.
Os 36 054 649 euros resultam das 1344 notícias e 129 spots televisivos sobre a Volta ao Algarve emitidos apenas em Portugal. A maioria das notícias (961) foi transmitida por meios online, mas a maior parte do valor – 26 913 500 euros – foi gerado pelas 249 peças televisivas.
O relatório apresentado pela Cision revela que a região do país onde a Volta ao Algarve teve mais audiência foi o Norte, com 36 por cento do total. Seguiram-se a região Centro (25 por cento), região de Lisboa (23 por cento), Alentejo (10 por cento) e Algarve (seis por cento).
Por géneros, a audiência da Volta ao Algarve nos média distribuiu-se entre 58 por cento de homens e 42 por cento de mulheres, havendo uma maioria do público (53 por cento) que é responsável pelas compras do agregado familiar. A faixa etária mais representada é a dos maiores de 64 anos, com um valor equivalente ao do intervalo 25-44 anos.
Olhando ao retorno dos diferentes parceiros, destaca-se o AVE dos principais patrocinadores, os “naming sponsors” das camisolas amarela, verde, branca e azul. A totalidade do AVE é atribuído à marca Algarve, patrocinador da Camisola Amarela, de vencedor da classificação absoluta.
O Crédito Agrícola, patrocinador da Camisola Verde, da classificação por pontos, teve um impacto estimado em 2 533 013 euros. A Camisola Branca, símbolo de melhor jovem, gerou um retorno de 2 283 384 euros para o IPDJ. A campanha “Água é Vida”, que patrocinou a Camisola Azul, classificação da montanha, gerou um impacto de 1 585 679 euros.
O estudo da Cision debruçou-se sobre a presença da Volta ao Algarve na comunicação social portuguesa. A Federação Portuguesa de Ciclismo, organizador do evento, centrou-se noutros dados, que revelam uma forte presença internacional da Volta ao Algarve.
Fora de Portugal foram publicadas 1984 notícias sobre o evento, que teve a presença de 37 profissionais de comunicação social estrangeiros acreditados, oriundos de dez países: Alemanha, Bélgica, Colômbia, Estados Unidos da América, França, Itália, Países Baixos, Panamá, Polónia e Reino Unido.
Os meios próprios de comunicação da Volta ao Algarve revelaram um grande crescimento em relação à edição anterior da corrida. No Facebook: registaram-se 1 376 693 impressões (+20,8 por cento), valor que subiu para 2 427 626 impressões (+1245 por cento) no Instagram. No X foram 761 415 impressões (+40,9 por cento). A página oficial da corrida na internet registou, durante os cinco dias de prova 581 000 page views (+13,2 por cento).
A Volta ao Algarve, única prova por etapas portuguesa integrante do circuito UCI ProSeries, teve transmissão televisiva em direto na RTP1 e na Eurosport 2 e contou com repetições na Eurosport 1. Fora de Portugal, a Volta ao Algarve foi vista em mais de 50 países na cadeia Eurosport e ainda na RBTF e na VRT, da Bélgica, e na Direct TV, na América Latina.
A 50.ª edição da Volta ao Algarve foi vencida pelo belga Remco Evenepoel (Soudal Qucik-Step), o compatriota Gerben Thijssen (Intermarché-Wanty) ganhou a classificação por pontos, o português António Morgado (UAE Team Emirates) foi o melhor jovem e o colombiano Daniel Felipe Martínez (BORA-hansgrohe) sagrou-se rei dos trepadores.
Até ao momento, a Volta ao Algarve é a prova do circuito UCI ProSeries com pelotão de melhor qualidade na época de 2024, sendo mesmo superior a alguns eventos do escalão superior.
Foi durante a Volta ao Algarve que se registaram mais pesquisas a nível mundial pela palavra “Algarve” desde o início do ano.
Algarve Primeiro/FPC