Algarve

Luís Vicente

 
Dos palcos nacionais, com reconhecimento internacional, Luís Vicente enriquece também a Cultura do Algarve com o seu contributo na ACTA e na formação de novos talentos. Com um percurso rico em experiências e saberes é Ator, Encenador, Diretor Artístico e de Produção.

 
Luís Vicente é natural de Setúbal e, quando abandonou os estudos em Engenharia Mecânica em prol da vida artística, percebeu a sua verdadeira vocação. 
 
Começa por ser apoiado pela Fundação Gulbenkian, frequenta seminários e workshops de Expressão Dramática, nomeadamente com Carlos Walenstein, Luis de Lima, Eva Winkler, Águeda Sena e Jorge Reys. Estagia com Catherine Dasté e colabora com a Cooperativa Luso-Brasileira de Teatro, dirigida por Augusto Boal, e com o Colectivo Teatral Os Faz-Tudo, dirigido por Fernando Loureiro. 
 
Com este ator e pedagogo, e a instâncias da UNESCO, será co-autor dum programa de formação de animadores sócio-teatrais para a República de Angola. 
 
Ingressa no TAS – Teatro de Animação de Setúbal e dirige o grupo de teatro do Circulo Cultural de Setúbal, integrando a sua direção. Em 1978 ingressa na Companhia de Teatro de Almada onde permanece vários anos trabalhando, entre outros, com os encenadores Fernando Gusmão, Joaquim Benite, Rogério de Carvalho e Marie Pierre Fernandes, exercendo além de funções de ator, de diretor de produção, diretor de cena e de formador nas áreas da Interpretação e da Produção e Gestão Teatral. 
 
Com esta Companhia realiza digressões por Espanha, França e Polónia. Anima vários grupos teatrais e exerce docência no ensino privado e público. 
 
Foi produtor-executivo do Festival de Almada entre a I e a VII edições, e responsável pelo Gabinete de Imprensa do mesmo Festival da XI à XIII edições. 
 
Ingressa no TEC – Teatro Experimental de Cascais, onde trabalha sob a direção de Carlos Avilez. Também sob a direção deste encenador trabalhará no ACARTE – Fundação C. Gulbenkian; sob a direção de Bibi Ferreira no Teatro do Casino Estoril e sob a direção de Águeda Sena no Teatro da Trindade. 
 
Em 1992 retorna à Companhia de Almada onde permanecerá até 1996, integrando elencos de espetáculos dirigidos por Joaquim Benite, Victor Gonçalves e Jorge Listopad. Entretanto, participa em inúmeros trabalhos radiofónicos e televisivos: teatro, novelas e séries. 
 
Em 1990, cria com António Farraia e Vasco Vilarinho a produtora Exclusiva onde exerceu funções de diretor de casting, diretor de projeto e coordenador de produção em inúmeros trabalhos publicitários, filmes institucionais e longas-metragens nacionais e internacionais, abandonando a atividade em 1994. 
 
No teatro participou, em dezenas de peças de grandes autores da dramaturgia mundial, como Brecht, Stridberg, Genet, Shakespeare, Camus, Duras, Gombrowikz, Albee, Bulgakov, Feydau, Molière, e também de autores nacionais contemporâneos como Romeu Correia, Virgílio Martinho, Natália Correia, Norberto Ávila, José Saramago, na maioria das quais como ator-protagonista e nalguns casos também como encenador. 
 
Foi em várias ocasiões e sob diferentes pretextos, distinguido e premiado em Portugal (Prémio Revelação da Crítica; PrimusInterpares Personalidade Cultura; Nomeação Globos de Ouro Melhor Ator – Teatro; etc.) e no estrangeiro (Bronze Advertising – Cannes; Troféu Eurobest; Medalha de Ouro Festival de Cinema de Nova York). 
 
Em 1997, a convite do professor e pedagogo José Louro, integra o núcleo fundador da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, da qual é diretor de produção desde o início de atividade da Companhia e diretor artístico desde finais de 1999. 
 
Nesta Companhia tem dirigido a maior parte dos projetos de criação artística, na qualidade de encenador, e de diretor pedagógico nas iniciativas de Formação Profissional de jovens criadores bem como estágios de Mestrado. 
(+) Algarve

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