O concurso público para a construção da variante à Estrada Nacional 125 (EN125) em Olhão foi lançado na segunda-feira e prevê um investimento de 20 milhões de euros, anunciou hoje a Infraestruturas de Portugal (IP).
A empresa que gere a rede viária portuguesa frisou que o investimento vai ser feito ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e permitirá evitar que o trânsito que circula na EN125, entre Faro e Vila Real de Santo António, tenha de atravessar a cidade de Olhão.
“Com um investimento previsto de 20 milhões de euros, esta intervenção é a vigésima obra lançada no âmbito do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência – Valorização de Áreas Empresariais, cofinanciado pela União Europeia”, assinalou a IP num comunicado.
A mesma fonte adiantou que a obra “consiste na construção de uma variante rodoviária à EN125 em Olhão e tem como objetivo a melhoria das condições de circulação na travessia da cidade, através do desvio do tráfego de passagem, e de segurança, mitigando o risco de acidente, nomeadamente atropelamentos”.
A obra vai também dar um “contributo relevante para a redução da sinistralidade” rodoviária que se regista na Estrada Nacional 125, destacou a IP, referindo-se a uma via que é considerada uma das mais perigosas do país, segundo os registos de acidentes de viação.
A variante vai ter cerca de seis quilómetros, uma via em cada sentido e sete rotundas para fazer a “ligação à rede viária local”, avançou a empresa.
“A via terá início ao quilómetro 111,600 da EN125, a poente de Olhão, e terminará na rotunda existente a nascente de Olhão, que faz ligação entre a EN125 e a EN398”, acrescentou a empresa.
A IP precisou que o traçado, que circundará a cidade pelo norte, vai ser construído “nas proximidades das localidades de Torrejão, Bela Mandil, João de Ourém, Arrochela, Quinta do Calhau, Quinta do Major, Ponte de Quelfes (cemitério de Olhão) e Piares”.
“Cerca de 300 milhões de euros de obras do PRR estão já concluídas, em execução ou em fase de contratação”, referiu a IP no comunicado, salientando que os investimentos em causa estão a ser feitos ao abrigo da “Componente Infraestruturas para assegurar um território mais competitivo e mais coeso”.
As obras financiadas pelo PRR têm por objetivo a “construção das ligações rodoviárias em falta”, o “aumento da capacidade da rede”, o “reforço das ligações rodoviárias transfronteiriças” e a “melhoria das acessibilidades rodoviárias às Áreas de Acolhimento Empresarial”, observou.
“Atualmente, registamos já 20 obras lançadas no âmbito do PRR. Dessas, uma empreitada está concluída, 12 estão em fase de contratação e sete já em execução no terreno”, indicou, dando os exemplos da “EN14. Maia (Via Diagonal) / Interface Rodoferroviário da Trofa”, do “IC35. Penafiel (EN15) / Rans” ou da “EN344. Pampilhosa da Serra entre os quilómetros 67,800 e 75,520”.
A “ligação ao Parque Industrial do Mundão - Eliminação de constrangimentos na EN229 Viseu/ Sátão”, as “acessibilidades à Zona Industrial de Riachos”, a “variante à EN248 (Arruda dos Vinhos)” e a “melhoria das acessibilidades à Zona Industrial de Campo Maior” integram também o lote de investimentos que estão em execução, segundo a IP.
Concluída está a “ligação à Área Industrial de Fontiscos e Reformulação do Nó de Ermida (Santo Tirso)”, realçou ainda a Infraestruturas de Portugal.
Lusa