Em comunicado, a autarquia sublinha que a intervenção, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (fundos europeus), visou preservar e valorizar “um dos mais emblemáticos” monumentos de Faro, classificado como Monumento Nacional desde 1910.
A empreitada de conservação previa a consolidação estrutural do monumento, num investimento de 250 mil euros, resultante de acordo entre o município e o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural.
A intervenção envolveu trabalhos de salvaguarda, nomeadamente, a correção de anomalias e a conservação e restauro de vários elementos como coberturas, cantarias, vãos, escadas, placas, painéis, sino, cruz, relógio e ainda revestimentos, com vista a contrariar o seu processo de degradação.
De acordo com a autarquia, o revestimento, com aplicação de reboco sobre o tijolo, “visa preservar o referido tijolo, que tem vindo a perder-se por desagregação, recorrendo para o efeito à solução que foi sempre utilizada até o final do século XX, altura em que uma intervenção municipal procedeu à remoção do revestimento em reboco para colocação do tijolo à vista”.
O Arco da Vila, assente numa das portas medievais da cidade, foi mandado construir pelo Bispo D. Francisco Gomes de Avelar no século XIX, tendo sido projetado pelo arquiteto italiano Francisco Xavier Fabri e inaugurado em 1812.
O monumento é decorado no exterior por um nicho com a imagem de São Tomás de Aquino, de origem italiana, sendo considerado um bom exemplo do neoclassicismo italiano no património algarvio.
O portal fazia parte das antigas muralhas muçulmanas e era a entrada na cidade para quem vinha por mar.
O Arco da Vila também é considerado um exemplar único de arquitetura árabe em Portugal.
A cerimónia de inauguração da obra de conservação conta com a presença da ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes.
Lusa