As candidaturas dos Açores e do Baixo Alentejo, também foram divulgadas no mesmo evento, à estrutura da Rede Europeia das Cidades do Vinho - Recevin, que contou com a presença da presidente Rosa Melchor.
Trata-se de um concurso anual lançado pela primeira vez em 2012 e que tem como principais objetivos a defesa e divulgação, a nível europeu, da identidade dos territórios e da sua relação com a cultura do vinho, tratando-se de uma oportunidade única para as cidades do vinho e para os seus produtores e agentes enoturísticos. O concurso tem um caráter rotativo entre os diversos países que fazem parte da Recevin. O Município espanhol de Cariñena é Cidade Europeia do Vinho 2025.
Em 2026, Portugal volta a receber a Cidade Europeia do Vinho, à qual se podem candidatar municípios associados da Associação de Municípios Portugueses do Vinho - AMPV.
Luís Encarnação, que além de presidente da Associação de Municípios Portugueses do Vinho, representou, enquanto autarca do Município de Lagoa, a candidatura Algarve Golden Terroir. «É uma candidatura dos 16 municípios do Algarve, da CCDR, da Comissão Vitivinícola do Algarve, e de todos os organismos e produtores da nossa região, também apadrinhada pelo Turismo do Algarve».
Explicou que o Algarve marcou a história do vinho na Península Ibérica desde os tempos dos Fenícios e Cartagineses, «que encontraram aqui um território fantástico, onde estabeleceram relações comerciais e perceberam que havia condições naturais excelentes para a produção do vinho e para exportá-lo». Lembrou que esta não é a primeira vez que o Algarve concorre a Cidade Europeia do Vinho, depois de em 2023, ter chegado à final com a candidatura do Douro «e ter perdido nos penalties».
Luís Encarnação disse que esta nova candidatura serve sobretudo para reconhecer o trabalho dos produtores algarvios, realçando dois nomes ligados ao setor: Sara Silva - presidente da Associação Vitivinícola do Algarve e Pedro Valadas Monteiro - diretor regional da extinta Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve. Registou que quando foi eleito autarca em 2013, «eram vinte e poucos produtores na nossa região, hoje há cerca de 55 e produz-se vinho de grande qualidade. Posso dizer que em 2024 foram produzidas 2 milhões de garrafas na região e esta candidatura é uma grande oportunidade para a vitivinicultura algarvia e para o País», vincando a importância do enoturismo como uma via importante para esbater a sazonalidade na atividade turística.
Refira-se que a Cidade Europeia do Vinho 2026 vai ser anunciada, em Borba, no distrito de Évora, no próximo dia 30 de abril.