Segundo Helen Fisher, professora de antropologia e pesquisadora do comportamento humano: "Quem gere habilmente os aspectos sexuais de uma relação possui um trunfo importante para estimular o amor."
Muitos casais vivem a intimidade de uma forma pouco prazerosa, mas acabam por silenciar esse facto, por procurar alternativas ao parceiro ou por manifestar desinteresse pelo sexo.
Nunca é demais lembrar que, a sexualidade faz parte da natureza do ser humano e que, vivida em pleno, leva a estados de prazer intenso, a uma maior união e abertura entre os parceiros, para além de melhorar a saúde física e mental.
Assim, se a sua intimidade não lhe é gratificante, se sente que poderia dar mais de si e também receber da pessoa amada, se sofre de algum tipo de problema a nível sexual que o impede de desfrutar desta área de vida, saiba que pode recorrer a um terapeuta sexual ou sexólogo.
Este profissional fará um trabalho conjunto com ambos os elementos da parceria amorosa e é quem está habilitado para aprofundar o que vos possa impedir de gozar de uma sexualidade plena.
Ao mesmo tempo, há muitas pessoas que procuram um terapeuta sexual para esclarecerem dúvidas, para saberem mais sobre a intimidade, para ultrapassarem traumas, medos, para poderem orientar também os filhos adolescentes sobre alguns aspetos importantes e, para melhorarem a sua intimidade.
Assim, conheça os principais benefícios desta terapia:
1. Contribui para uma vida sexual mais satisfatória
A principal razão pela qual muitas pessoas procuram este profissional é o facto de um dos parceiros mostrar interesse pelo sexo e o outro não. A falta de excitação e de entusiasmo pela intimidade também é considerada pelos especialistas, sem esquecer que, é importante que os parceiros se sintam bem numa relação e a sexualidade assume-se como um aspeto muito relevante em todas as idades.
2. Tratamento de problemas sexuais
É importante registar que, a sexualidade não se processa numa linha contínua e sempre de acordo com o que se deseja. Há momentos em que temos menos disponibilidade, que estamos mais cansados, preocupados, ansiosos, que atravessamos problemas de difícil resolução e que, no seu conjunto, tudo isso tem uma implicação na intimidade. Na mesma sequência, também podem ocorrer alterações na sexualidade em função da idade, do estado psicológico, de problemas emocionais ou situações pontuais de diminuição do prazer, mas que podem ser mal interpretadas pelo próprio e pela pessoa amada. Sendo assim, torna-se essencial que, quando notamos algo diferente e que nos perturba que, em primeiro lugar, falemos abertamente com quem amamos e depois, em conjunto, que tentemos ultrapassar o problema com muita compreensão, amor e carinho. Quando tal não é possível devido à gravidade da situação, deve optar-se pelo apoio profissional porque há sempre uma ajuda, algo que pode ser tentado e, acima de tudo, conversado.
É ainda de salientar que, por detrás de muitos problemas sexuais estão perturbações psicológicas, fases menos positivas, maior dificuldade na aceitação de algo ou uma má interpretação de um episódio passado, por exemplo, daí ser fundamental pedir ajuda e reter que a terapia aprofunda estes temas:
• Fobias.
• Parafilias.
• Vaginismo.
• Ejaculação precoce.
• Impotência masculina.
• Transtorno sexual hipoativo.
• Transtorno orgásmico feminino.
• Distúrbio orgásmico masculino.
• Atender a possíveis vícios sexuais.
• Problemas sexuais na menopausa.
• Dispareunia (relações sexuais dolorosas).
• Dificuldades sexuais associadas ao envelhecimento.
• Problemas sexuais associados a outras doenças.
• Melhorar a vida sexual do casal durante e após a gravidez.
• Melhorar a vida sexual em pessoas com deficiências físicas ou psicológicas.
3. O sexo começa no cérebro
O cérebro é a base de uma sexualidade intensa e satisfatória pelo que, o ideal é que alimente a imaginação, que se liberte de tensões, que assuma a intimidade como algo fundamental para um relacionamento amoroso e que se liberte de tabus e crenças limitantes. A terapia sexual é uma importante aliada quando os parceiros não conseguem alcançar este estado de liberdade e prazer.
4. Redução de medos e ansiedade
Um dos problemas relatados pelos pacientes no que se refere a problemas sexuais é o medo de não dar prazer ao outro, é a vergonha de dar novas ideias, são as dificuldades em aceitar-se tal como é e ao seu corpo, entre outros pontos não menos relevantes. A terapia irá trabalhar todas estas dimensões e levar a pessoa a sentir-se melhor, mais desinibida e livre para desfrutar dos seus desejos e fantasias.
5. Ultrapassar traumas sexuais
As vítimas de algum tipo de abuso ou que passaram por experiências menos positivas, conseguem encontrar na terapia um espaço de diálogo, de abertura, de desabafo e de aconselhamento que lhes permite encarar o sucedido e encontrar alternativas à dor. Com as técnicas adequadas, o profissional vai ajudar a que, a sós ou em casal, se ultrapassem medos, angústias e impedimentos a uma sexualidade plena.
6. Maior intimidade e conexão emocional
O prazer autêntico do sexo não ocorre no corpo, mas no cérebro. Uma crise conjugal, dificuldades financeiras, um mal-entendido ou qualquer outro fator que afaste os parceiros é suficiente para afetar a intimidade, pelo que, a terapia é um recurso importante para conversar sobre o sucedido e para que se encontrem soluções e esclarecimentos para os problemas. Dessa forma, será facilitada a proximidade e, aos poucos, os parceiros voltam a reconectar-se.
7. Permite que cada parceiro se conheça muito melhor
Um dos benefícios mais notáveis da terapia sexual é o impacto na saúde mental. O sexo vai além do campo biológico: é também uma dimensão psicológica e, sobretudo, cultural. A forma como somos educados ou os preconceitos que temos sobre esse assunto condicionam-nos a ter uma vida plena nesse aspecto. Em muitos casos, basta que a pessoa se assuma tal como é, que permita descobrir as suasparticularidades , medos e crenças para que possa desfrutar de uma intimidade muito mais forte e prazerosa.
Por fim, é importante reter que, mesmo quando o casal não apresenta grandes problemas em termos de intimidade, é sempre um recurso procurar um aconselhamento para saber como se pode desfrutar melhor ou como encarar a velhice, por exemplo. Estar preparado para as fases seguintes, também nos ajuda a ceita-las melhor, a vivermos mais descontraídos, porque estamos esclarecidos e ensina-nos a evitar a doença de alguma forma.
Não temos de ter problemas para sentirmos necessidade de saber mais e de procurarmos ajuda, por isso, desenvolva uma relação aberta com a pessoa que ama, converse sobre a intimidade de maneira tão natural como aborda qualquer outro tema, uma vez que isso também é um passo decisivo para que desfrutem de uma intimidade gratificante.