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Vantagens de uma relação duradoura

Vantagens de uma relação duradoura
Vantagens de uma relação duradoura  
Foto - Freepik
Na sociedade atual descura-se mais as relações estáveis e duradouras, contudo, os cientistas apontam as vantagens de permanecer num relacionamento e de o manter saudável.

Naturalmente que não se pode considerar positiva uma relação em que um dos parceiros é vítima de algum tipo de violência, ainda menos alguém que só está casado porque tem medo de sair de uma convivência abusiva, que não tem autonomia financeira para sobreviver ou que não tem coragem para libertar-se de algo angustiante.
 
Considera-se uma relação saudável aquela que envolve respeito, um compromisso de parte a parte, sentimentos positivos que se partilham, uma boa capacidade de comunicação e abertura para ultrapassar os problemas em conjunto.
 
Com esta base relacional, os cientistas apontam os seguintes benefícios para prolongar o prazo de validade de uma relação:
  

1. Saúde mental

Há evidências científicas que dizem que, ter um relacionamento estável é mais saudável para o corpo e mente. Há estudos que apontam que morar com um companheiro previne problemas como depressão e ansiedade. Os casais com um forte vínculo de amor são menos propensos a doenças, além de apresentarem um melhor sistema imunitário, adoecerem menos, aumentarem a qualidade e segurança de vida e sentirem-se mais felizes.
 

2. O alto custo emocional da separação

Por mais que o casal tenha problemas, o término traz consigo uma onda de emoções difíceis de enfrentar. Quando há crianças, é quase impossível que escapem a essa negatividade.
 
Estudos indicam que mulheres que se divorciam tendem a desenvolver um maior número de doenças físicas. Os homens, por sua vez, tendem a ficar deprimidos. Em ambos os casos, o chamado “stress tóxico” aparece com bastante frequência. O luto pela perda representa um grande desvio de energia emocional, no entanto, quando a convivência não é positiva, certamente que vale a pena ultrapassar esta etapa, pedir ajuda e reconstruir uma vida nova, lembram os especialistas.
 

3. Todos os relacionamentos têm crises

É muito difícil para a maioria dos casais avaliar objetivamente a gravidade de uma crise. São muitos os sentimentos envolvidos, assim como fantasias imaginárias ou ideias confusas. O certo é que, por mais amor que expressem, todos os casais enfrentam mal-entendidos.
 
Como o amor não é um sentimento linear, é natural que passemos por diversas fases de maior ou menor intensidade, mas saber lidar com essas flutuações torna-nos mais fortes enquanto casal, mais maduros enquanto pessoas e mais preparados para a vida, alertam os terapeutas de casal.
 
As crises devem ser entendidas como oportunidades de aprendizagem, de mudança de algo que não está bem e de crescimento individual e de casal. Para isso, é importante o diálogo, o encontro de soluções, o desabafo sincero e a calma para interpretar e ressignificar tudo isso. A chave é ouvir-se e ouvir o outro, sabendo também afirmar a sua posição.
 

4. O fim da paixão não é o fim do amor

A idealização excessiva do amor faz com que a relação seja pautada por satisfações e felicidades que só ocorrem em momentos muito específicos, basicamente durante o período da paixão. Assim, é muito comum encontrar casais que oscilam entre a paixão idealista e o cinismo absoluto. Ou existe amor romântico ou existe sexo acomodado. Nenhum desses extremos é razoável. O desaparecimento das expectativas românticas não pode servir como razão para terminar uma relação, mas sim para tentar encontrar novos desafios, pontos de interesse e cumplicidades. Depois da paixão é que costuma surgir o amor e, é aí que devemos mostrar-nos mais e melhor, desenvolver habilidades individuais e modos de vida em conjunto, definir planos e daí por diante. Quando muitos casais terminam, é quando estariam prontos para iniciar uma relação, reforçam os entendidos.
 

5. Manter um compromisso é saudável

Muitas pessoas encaram a palavra “compromisso” como uma “obrigação”, mas isso é um erro.
 
Os compromissos são uma promessa mútua que envolvem deveres assumidos voluntariamente e em nome de algo que transcende ambas as partes, ou seja: o pacto de união. Isso pode ser chamado de casamento, direito comum, relacionamento aberto ou o que ambos decidirem.
 
A verdade é que o ato de cumprir compromissos é algo que nos mantém centrados, oferecendo um ponto de referência para que possamos concretizar planos, definir objetivos, estabelecer rotinas e viver num ambiente de segurança e tranquilidade.
 
Esta estabilidade impulsiona-nos para seguir em frente, com mais autoestima, autoconfiança e coragem porque sabemos que podemos afastar-nos ligeiramente por motivos profissionais, por exemplo, mas que temos sempre um ponto de chegada que nos dá conforto e bem-estar. Isso faz-nos bem, aumenta-nos a felicidade, aproxima-nos de quem amamos e torna-nos melhores pessoas, melhores cidadãos e seres mais positivos.
 
Já sabe, todas as relações passam por altos e baixos, todos vivemos problemas, mas a arte de conversar, de estabelecer acordos, de tentar entender o outro, de respeitar e de ser respeitado, dará sempre lugar a mais alegria, saúde e qualidade de vida. Antes de terminar uma relação só porque sim, ou porque o outro não corresponde ao que idealizou, pondere os aspetos positivos e negativos, avalie os benefícios e os prejuízos e depois execute o que lhe parecer melhor, concluem os cientistas.