A vacinação sazonal contra a covid-19 vai ser alargada, a partir de segunda-feira, à população com mais de 18 anos, sendo também nessa data que os mais de 50 anos podem ser vacinados contra a gripe, segundo a DGS.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) refere que a vacinação sazonal de outono-inverno 2023-2024 contra a covid-19 vai ser alargada à população entre os 18 e os 59 anos e a vacinação contra a gripe às pessoas dos 50 aos 59 anos.
A norma da DGS, que entra em vigor a partir de segunda-feira, surge numa altura em que se regista uma atividade gripal intensa e um excesso de mortalidade semanal geral por todas as causas.
A DGS indica também que o alargamento da vacinação sazonal gratuita está igualmente relacionado com a disponibilidade atual de vacinas.
Até à data, a toma da vacina contra a gripe e covid-19 é aconselhada a pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
Segundo a Direção-Geral da Saúde, este alargamento dos grupos elegíveis para vacinação foi precedido de avaliação pela Comissão Técnica de Vacinação Sazonal.
“O alargamento da vacinação contra a gripe é realizado de acordo com as doses disponíveis, sendo priorizadas as pessoas com idade mais avançada. Será ponderado o alargamento a outros grupos etários nas próximas semanas, atendendo à disponibilidade de vacinas, e desde que seja mantido o objetivo de conseguir a melhor cobertura vacinal na população elegível” precisa a DGS.
Este organismo ressalva que a promoção da vacinação aos de 60 ou mais anos de idade, e das pessoas com comorbilidades e profissionais de saúde, mantém-se como prioridade.
A vacinação está disponível em cerca de 3.500 pontos de vacinação, aproximadamente 2.500 farmácias e 1.000 unidades de cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde.
A gripe tem sido neste inverno um dos principais motivos da enorme afluência de pessoas aos hospitais e centros de saúde, bem como do abstencionismo ao trabalho.
Dados divulgados na sexta-feira indicam que Portugal registou 5.542 mortes nas primeiras duas semanas de 2024, sendo o início de ano em que mais pessoas morreram desde 2021, durante a pior fase da pandemia de covid-19 no país.
O Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO) mostra que no dia de Ano Novo morreram 513 pessoas, um número que nunca foi atingido em 01 de janeiro nos últimos 10 anos.
De acordo com a informação divulgada no ‘site’ do SICO, desde o primeiro dia do ano até hoje a mortalidade tem permanecido “muito acima do esperado”.
Lusa