Saúde

Utentes exigem funcionamento pleno de urgências pediátricas e bloco de partos de Portimão

Foto - Comissão de utentes do SNS de Portimão
Foto - Comissão de utentes do SNS de Portimão  
Cerca de duas dezenas de pessoas concentraram-se hoje à entrada do hospital de Portimão, para exigir medidas que garantam a reabertura e o funcionamento das urgências de Pediatria e de Obstetrícia durante todo o ano.

Na concentração promovida pela comissão de utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portimão, participaram também enfermeiros daquele hospital da Unidade de Saúde Local (ULS) do Algarve.
 
Em alguns dos cartazes ostentados pelos utentes podia ler-se: “Não ao encerramento da Pediatria”,”Não ao encerramento do bloco de partos” e “Pela defesa do Hospital do Barlavento, a saúde é um direito”.
 
A porta-voz do movimento cívico, Gabriela Brígida, disse à Lusa que a manifestação visa “protestar contra o constante encerramento de dois serviços essenciais, como são o bloco de partos e a Pediatria”.
 
“É uma situação preocupante e inaceitável, porque os serviços estiveram encerrados durante vários dias nos últimos meses, com as grávidas a terem de ser deslocadas para a unidade hospitalar de Faro”, realçou.
 
Para Gabriela Brígida, “não é viável nem admissível” a solução apontada pela tutela em enviar as grávidas para Faro, a cerca de uma hora de Portimão, e a cerca de duas horas de concelhos mais a oeste, como são Aljezur e Vila do Bispo.
 
Para garantir em pleno o funcionamento daqueles serviços, os utentes exigem do Governo, “medidas imediatas, investimentos e incentivos aos profissionais de saúde que permitam fixar médicos no Algarve”.
 
“Na nossa opinião, a falta de investimento e de uma política certa para a saúde tem sido a causa de todos os problemas” do Serviço Nacional de Saúde, sublinhou.
 
A porta-voz da Comissão de Utentes de Portimão do SNS de afirmou que o movimento “vai continuar a promover formas de luta até que o problema seja resolvido, ou seja, o funcionamento permanente e sem interrupções das urgências de pediatria e de obstetrícia e do bloco de partos”.
 
Lusa