Saúde

UGT reuniu em Faro defendendo pacto para dar respostas na Saúde

UGT reuniu em Faro defendendo pacto para dar respostas na Saúde
UGT reuniu em Faro defendendo pacto para dar respostas na Saúde  
Foto - jarmoluk / Pixabay
O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) defendeu hoje, em Faro, a importância de um pacto para dar respostas aos problemas da Saúde, prometendo levar o tema à Concertação Social.

“Eu acho que um setor como é o SNS [Serviço Nacional de Saúde], a Saúde, justificava um pacto entre todos para que discutissem os problemas que a Saúde tem e para que se dessem respostas”, afirmou aos jornalistas Mário Mourão, após uma reunião com a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve.

O secretário-geral da central sindical sublinhou que “é preciso ouvir mais os profissionais de saúde” sobre um tema que carece de uma “discussão séria”.

“Queremos ouvir também da senhora ministra [da Saúde] o que é que pensa sobre isto. Porque, de facto, está ao alcance de todos, nomeadamente dos governos e dos agentes políticos, encontrar as respostas para os problemas que o SNS tem”, acrescentou.

Mário Mourão sublinhou que “falta vontade” para que os agentes políticos e sociais possam assumir um pacto nesta área.

“Eu acho que é tão pouco o que se pede para que possamos, todos os que têm interesse em resolver os problemas da Saúde, sentar-nos e assumir compromissos sobre esta área”, ressalvou.

Num país em que os jovens “são obrigados a procurar outras geografias para ter um salário condigno com aquilo que é a sua formação”, apontou, é preciso encontrar respostas na valorização salarial e no reforço de recursos humanos com vínculo definitivo ao SNS.

“O nosso país é um país de salários baixos e eu acho que isso é consensual no país, e, portanto, é preciso fazermos qualquer coisa para que se inverta esta situação. O Algarve tem um curso de Medicina, criado para que se pudesse fixar estes profissionais na região. Com os salários que se pagam, como é que nós vamos fixar esses profissionais da saúde para ficarem no Algarve? É motivando-os, dando-lhes condições de trabalho e condições de valorização salarial”, defendeu o secretário-geral da UGT.

Este, sublinhou Mário Mourão, “não é um setor marginal, é um setor fundamental para o país”, e “tem de estar inserido neste esforço que o país precisa de fazer para inverter os anos de atraso”.

Uma delegação da UGT, liderada pelo secretário-geral, deslocou-se hoje à região do Algarve a convite da união distrital (UGT-Algarve), para uma série de encontros e reuniões com várias entidades.

Lusa