Economia

Turismo:Lisboa ultrapassa Algarve até 2020 - estudo

 
Resultados foram debatidos na Ualg.

 
Os resultados do projeto ShapeTourism, apresentados na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve, no passado dia 20 de abril, indicam que a intensidade turística – que mede a relação entre o número de dormidas e o número de residentes de uma região – apresentará uma taxa de crescimento de 33% na Área Metropolitana de Lisboa, enquanto no Algarve será de cerca de 25%.
 
A apresentação dos resultados deste projeto europeu (ShapeTourism - New shape and drives for the tourism sector: supporting decision, integrating plans and ensuring sustainability), coordenado por Luis Nobre Pereira, docente da ESGHT, contou com a participação do reitor da UAlg, Paulo Águas, e do presidente da CCDR-Algarve, Francisco Serra. Marcaram ainda presença várias instituições do Algarve, diversos decisores políticos e representantes de instituições ligadas ao turismo, bem como membros da comunidade académica.
 
A seguir à apresentação dos resultados houve um período de debate sobre a importância do Sistema de Apoio à Decisão no Turismo, desenvolvido no âmbito do projeto, que contou com a participação de autarcas das Câmaras Municipais de Faro, Olhão, Portimão, Albufeira e Silves, da Diretora Regional da Cultura, de representantes da Região de Turismo do Algarve e de diversos outros stakeholders do turismo.
 
Neste Sistema de Apoio à Decisão verificou-se que o Algarve se encontra no grupo das regiões costeiras do Mediterrâneo com maior intensidade turística (47 dormidas por residente, em 2016) e também maior densidade turística (4.189 dormidas por Km2). Contudo, encontra-se muito afastado das regiões onde a pressão turística é muito elevada, como é o caso da região de Notio Aigaio (onde se localiza Santorini, Miconos e Rodes) - que apresentou 71 dormidas por residente em 2016 - e de Malta, onde se registaram 28.444 dormidas por km2.
 
Admitindo que a tendência do passado se irá manter no futuro, prevê-se que em 2020 o Algarve apresente 59 dormidas por residente (+25% do que em 2016) e 5.210 dormidas por km2 (+22% do que em 2016), o que se traduzirá numa taxa média de ocupação de 41%, informa nota da Ualg.
 
Por seu lado, a Área Metropolitana de Lisboa apresentou uma densidade turística superior à do Algarve (5.420 dormidas por Km2), mas uma menor intensidade turística (6 dormidas por residente). O cenário para a Área Metropolitana de Lisboa em 2020, supondo que a tendência do passado se irá manter no futuro, será de um aumento superior a 30% na intensidade turística e na densidade turística (prevê-se que tenha aproximadamente 8 dormidas por residente e 7.128 dormidas por km2). Estima-se que a taxa média de ocupação seja de 54% em 2020 (foi de 42% em 2016).
 
Este Sistema de Apoio à Decisão desenvolvido pela ESGHT, no âmbito do projeto ShapeTourism, inclui quatro módulos – um Observatório, um Inquérito, Mapas de Cenários e Clusters de Regiões – e está disponível para qualquer utilizador em www.shapetourism.eu.