Ambiente

Tubarão gigante avistado em Tavira, "fotografado" ao largo de Viana do Castelo

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Um tubarão-frade, que pode atingir 10 metros de comprimento, foi fotografado junto às eólicas do parque WindFoat Atlantic, a cerca de 20 quilómetros de Viana do Castelo.

Foi a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), que informou sobre a passagem daquele tubarão, "o segundo maior do mundo, a seguir ao tubarão-baleia", indicando, numa publicação no Facebook, que este tipo de animal pode ser "por vezes avistado na orla atlântica nacional" e que não mostra receio em se aproximar-se de pessoas ou embarcações.
 
Também conhecido por "tubarão-peregrino", este gigante dos mares que pode pesar cerca de cinco toneladas, foi avistado em agosto de 2020, nas praias de Tavira. 
 
Na altura, Élio Vicente, biólogo marinho e diretor do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, no Zoomarine, afirmou ao Algarve Primeiro, que esta espécie de tubarão, não está de passagem «eles vivem cá e todos os anos é sempre a mesma coisa, trata-se do segundo maior peixe e simultaneamente o segundo maior tubarão». 
 
Nesta altura do ano, o tubarão-frade aproxima-se mais das zonas costeiras, «onde encontra muito do seu alimento, que vive à superfície da água, o zooplâncton, que depois é filtrado com os seus pequenos dentes de forma a recolher os micro alimentos», explicou.
 
Apesar de serem animais de grande porte, o biólogo sublinhou que são «muito lentos, pacíficos e até consideravelmente tímidos e não representam perigo algum, mesmo que coloquemos um braço dentro da sua boca, ele não tem capacidade de nos magoar pela sua estrutura».
 
Élio Vicente lembrou que «todos os anos há sempre este tipo de registos na nossa costa, porque este animal está pura e simplesmente a alimentar-se e friso que, esta espécie nunca na história causou qualquer tipo de ameaça aos humanos», sublinhou. 
 
Nas mesmas declarações, o responsável salientou que o procedimento de içar a bandeira vermelha nas praias de Tavira, onde tinha sido avistado, foi correto por uma questão de precaução, apesar de neste caso não existir perigo.