O evento reuniu um conjunto de oradores, que contou na sessão de abertura com José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira.
O painel temático, moderado por Carlos Baía, vice-presidente dos TSD Algarve e vereador na Câmara Municipal de Faro, incluiu intervenções de Hélder Martins, presidente da AHETA; Isabel Delgado, diretora de desenvolvimento e recursos humanos do Zoomarine; Vasco Malta, chefe de missão da OIM em Portugal; Domingos Lopes, presidente do IEFP e Hélder Silva, deputado ao Parlamento Europeu.
Na sessão de encerramento discursaram Cristóvão Norte, presidente do PSD Algarve, e Pedro Roque, secretário-Geral dos TSD.
Segundo adianta nota divulgada dos Trabalhadores Sociais Democratas do Algarve, foram identificadas algumas conclusões como a falta de mão de obra que o setor turístico enfrenta, e que tem sido mitigada com recurso a mão de obra migrante, contundo, a atração de mão de obra de outros pontos do País e de outros países encontra dificuldades na falta de habitação, que apresenta preços elevados, situação para a qual é preciso encontrar uma solução a nível regional.
Foi defendido que é necessário garantir que os trabalhadores estrangeiros tenham acesso a condições dignas e oportunidades justas, o que passa por instituir mecanismos de controlo qualitativo e quantitativo relativamente aos migrantes que entram em Portugal, reconhecendo e valorizando as suas qualificações e competências adquiridas nos países de origem, bem como a importância dos programas de apoio à sua inserção profissional (como sejam programas de formação profissional específicos ou iniciativas de mentoria), numa abordagem que integre o Estado, as empresas e sociedade civil, para garantir uma inclusão eficaz.
Também foi assinalada a necessidade de agilizar mecanismos de mobilidade, relativamente a países com os quais Portugal tem acordos, nomeadamente Marrocos ou Cabo Verde e a importância da aprendizagem contínua e da adaptação dos programas de formação às novas exigências do mercado, tendo sido evidenciado que tanto os trabalhadores nacionais como os migrantes precisam de acesso a oportunidades de requalificação para se manterem competitivos.
O colóquio abordou as políticas europeias de migração e emprego, enfatizando a necessidade de cooperação entre os Estados membros para garantir a mobilidade laboral e a proteção dos direitos dos trabalhadores. Os participantes sublinharam a relevância de uma estratégia coordenada para responder aos desafios demográficos e económicos da União Europeia.
O evento permitiu uma reflexão sobre as melhores práticas para garantir a integração eficaz dos migrantes no mercado de trabalho e reforçar a qualificação profissional como motor do crescimento económico.