A modalidade de IGP-IFH é gerida pelo Clube Português de Canicultura sob a égide da Federação Cinológica Internacional e a prova de pistagem no seu nível máximo consiste numa prova de rastro, onde o cão deve seguir 1800 pegadas deixadas três horas antes, com grandes retas e diversos tipos de ângulos, e até rastos falsos, e encontrar objetos deixados ao longo do caminho e indicá-los, enquanto o seu guia o conduz por uma trela a 10 metros de distância.
À semelhança do que se faz em busca e salvamento, também nas competições de pistagem os cães devem possuir uma extraordinária capacidade olfativa e de concentração e resistência para conseguir encontrar todo o percurso anteriormente feito, regra geral em cerca de 2 hectares de campo aberto.
Também em novembro, o treinador voltou a fazer história ao ganhar o campeonato do mundo dos boxers, ATIBOX - Association Technique Internationale du Boxer, criada em 1950 em Estrasburgo, no Norte de Espanha, vencendo o título de IGP1 Winner, com a cadela Babilónia of Iron Kingdom, criada, treinada e conduzida em competição por si. Já a modalidade de IGP - International Gebrauchshund Prufung (International Working Dog Test) testa os cães em três vertentes: não só a pistagem, como também a obediência e a proteção, sendo um desporto muito completo.
Sobre o facto de competir com cães de raças pouco usuais, como Kelpies e Boxers, o treinador diz que “é mais desafiante” mas relembra que no passado iniciou-se na modalidade com cães da raça pastor alemão e pastor belga malinois, das quais é um fervoroso adepto. No entanto, sublinha que “todos os cães são interessantes e têm as suas particularidades, o importante é entender como podemos potenciar ao máximo as suas capacidades inatas, estimulando-os de forma correta, independentemente se forem utilizados para desporto ou companhia”.
João Paulino é presidente da Iron Dog Algarve ( www.irondog.pt ) desde a sua fundação, em 2016, e o mais antigo treinador da escola. É ainda um dos primeiros treinadores oficialmente certificados de cães de raças potencialmente perigosas, em Portugal. A sua equipa de trabalho é multidisciplinar composta por membros de diferentes áreas desde biólogos, zootécnicos, veterinários, passando por pessoas com formação em Bem-Estar Animal.
