A mostra, que revela a história e o quotidiano de uma das principais cidades romanas do sul da Lusitânia, tem atraído milhares de visitantes desde a sua inauguração, regista o Município de Tavira num comunicado.
Localizada nas margens da Ria Formosa, próximo da atual Luz de Tavira, Balsa foi um importante centro urbano há dois mil anos. A exposição reúne, pela primeira vez, em Tavira, um conjunto de peças arqueológicas que testemunham a vida daquela cidade portuária, desde objetos do dia a dia e elementos arquitetónicos até às lápides funerárias dos seus habitantes. Destaca-se o espólio descoberto há 150 anos pelo pioneiro da arqueologia portuguesa, o tavirense Estácio da Veiga, e que integra hoje o acervo do Museu Nacional de Arqueologia, lê-se na nota.
O programa especial arranca às 10h30 com a oficina “O Mosaico Romano”, no âmbito do novo projeto "Sábados em Família". A oficina orientada por Patrícia Gonçalves (Museu Municipal de Tavira) convida as famílias, com crianças dos 6 aos 12 anos, a descobrir Balsa e a arte do mosaico romano. A iniciativa marca o início de um programa mensal dedicado a despertar as crianças para a arte, valorizando o património local e as produções artísticas contemporâneas. Inscrição gratuita e obrigatória, através de formulário: https://forms.gle/XVL2Ekb7z3umfA8S6.
Pelas 16h00, há visita guiada especial pelos curadores João Pedro Bernardes (Universidade do Algarve) e Celso Candeias (Município de Tavira). Pelas 17h30, a cerimónia de encerramento terá a apresentação do balanço da exposição e perspetivas futuras sobre a investigação sobre Balsa.
Às 17h45 acontece "O que fica de nós", performance por Vítor Correia, inspirada na exposição "Balsa, Cidade Romana". Sob a direção artística de Vítor Correia, o espetáculo propõe uma viagem sensorial guiada por textos de Fernando Pessoa, Vladimir Maiakovski, António Ramos Rosa, Natália Correia, Mário Cesariny e García Lorca. "Através destas vozes exploram-se temáticas universais: a viagem como metáfora da existência, as raízes que nos definem, o quotidiano repleto de significado, a riqueza cultural da dieta mediterrânica e o legado que deixamos. Uma experiência que funde passado e presente, convidando à reflexão sobre o que verdadeiramente perdura além do tempo", explica a autarquia tavirense.
A exposição "Balsa, Cidade Romana" resulta de uma parceria entre o Museu Nacional de Arqueologia, o Município de Tavira e a Universidade do Algarve, reunindo também peças de vários outros museus da região e do país, incluindo o Museu Arqueológico do Carmo, o Museu Municipal de Faro, o Museu Municipal de Olhão, o Museu Paroquial de Moncarapacho e coleções particulares.
Na entrada é livre no Museu Municipal de Tavira.
