Ser capaz de diferenciar o essencial do supérfluo é a chave para começar a viver melhor já a partir de hoje.
Segundo os especialistas, é muito recorrente que as pessoas se queixem de falta de tempo porque efetivamente trabalham muitas horas por dia, mas também que não se organizem da melhor forma para que consigam aproveitar melhor os momentos de lazer.
Para saber se está a aproveitar bem o seu tempo, verifique se comete estes erros e registe as nossas propostas:
1. Gasta demasiado tempo em atividades pouco produtivas
Muitas vezes, sem que nos apercebamos, o tempo “voa”, acabamos por não fazer nada de produtivo e satisfatório e terminamos o dia frustrados. É importante que analise conscientemente o tempo que dedica à TV, às redes sociais, no trânsito, nas compras e que se sinta mal por não conseguir dispor de tempo livre em casa, com os filhos e para si mesmo.
É essencial que se organize, que reveja bem onde está a gastar o seu tempo. Se abalar mais cedo de casa, certamente que estará menos tempo no trânsito, se aguardar uns momentos à hora de sair do trabalho, provavelmente também ficará menos tempo “preso” em engarrafamentos. Depois, se levar uma lista de compras, será mais rápido e fácil comprar aquilo de que necessita e chegar mais depressa a casa.
Reservar menos tempo aos ecrãs no seu horário livre permitirá que esteja mais tempo em família, consigo mesmo e a fazer algo que lhe dá prazer, aconselham os entendidos.
Consumir álcool ou outras substâncias, além de lhe afetar a saúde, também contribui para que fique exausto e com pouca energia para realizar atividades produtivas e prazerosas. Opte por fazer um mapa com aquilo que tem de fazer, com aquilo que deve fazer e com o que pode fazer e tente cumpri-lo diariamente, sabendo que, tal como se deve organizar para estar algumas horas no trabalho, também o deve fazer nos tempos livres, sob pena de não aproveitar o dia da melhor forma, recomendam os entendidos na área da psicologia.
2. Não se dedica a aprender algo novo
O ser humano precisa de estar em constante evolução e com a sensação de que está a desenvolver novas habilidades e a aprender algo novo. As pessoas que consomem atividades pouco educativas e estimulantes, acabam por desperdiçar os dias num estado de estagnação. Para aprender algo novo é preciso estar liberto e disponível, por isso, relaxe a mente e prepare-se para fazer uns exercícios físicos no final do dia, mesmo que com a companhia da televisão ou, preferencialmente, com uma música relaxante, leia algumas páginas de um livro, frequente uma formação mesmo que seja online, aprenda um novo idioma, realize novos pratos para a família e com aqueles que ama e, juntos, procurem desafiar-se e aprender algo novo, realize palavras-cruzadas ou outros jogos, sendo que os de tabuleiro também são uma excelente opção para miúdos e graúdos e sinta a sensação de que vai dormir com a mente e o corpo relaxados e sabendo que reservou um tempo para si e para quem partilha a vida consigo.
3. Manter um diálogo interno negativo
Há pessoas que sorriem para os demais, que estão sempre prontas para ajudar um colega ou um amigo, mas que falam consigo mesmas de forma destrutiva e tão crítica que quase apetece dizer-lhes para seguirem o mesmo exemplo do que fazem com as demais relações que estabelecem. Manter um diálogo interno negativo prejudica a autoestima, a autoconfiança e faz com que, por não gostarmos de nós próprios, que não nos priorizemos ou que não façamos aquilo que nos dá prazer. Há pessoas que nem sabem aproveitar o tempo livre porque nem se consideram merecedoras de o ter, por isso, é urgente mudar esta mentalidade e pensar em nós mesmos com carinho e, sobretudo, com muito respeito.
Aprenda a valorizar-se, a sentir-se e a ouvir a sua voz interior e a tentar alterar os pensamentos negativos. Quando lhe surgir uma crítica acerca do seu desempenho, diga à sua voz interior que o fez porque não sabia fazer melhor, mas que na próxima vez tentará fazer de outra forma. Quando algo não lhe corre bem no trabalho, diga a si mesmo que não sabe tudo e que está pronto para corrigir, já que estas explicações melhoram significativamente a forma como se analisa, ajuda a melhor o bem-estar, a autoconfiança e a sua relação com os outros, pois quem está bem, transmite-o aos demais.
Pense no tempo que gasta inutilmente a condenar-se pelo que fez de menos positivo e como pode aproveitar a sua inteligência, tempo e energia a modificar e a seguir em frente, aconselham os psicólogos.
4. Faltam-lhe planos diários e de futuro
É muito importante que vivamos o presente e que nos concentremos naquilo que temos, mas é essencial que façamos planos de curto, médio e longo prazo, sob pena de andarmos à deriva e com pouca capacidade de canalizarmos as nossas energias de forma adequada. Uma pessoa que não se imagina com mais dez anos de idade, acaba por não poupar dinheiro, por exemplo, por não cuidar da sua saúde e por não desenvolver habilidades que o aproximem da maturidade desejada nesse tempo de vida. Quem não organiza os seus dias, acaba por ir gastando tempo inútil em futilidades, por gastar também mais dinheiro e por não conseguir realizar o que pretende e aquilo que é necessário. Assim, torna-se crucial que utilize uma agenda seja ela virtual ou outra e que os alertas o retirem daquilo que o torna pouco produtivo para que lhe reste tempo para o essencial.
Muitas pessoas passam demasiado tempo no café, por exemplo, gastam horas nas redes sociais ou nas compras e depois sentem-se muito aborrecidas porque as tarefas básicas acumulam-se diariamente. Viver num caos não nos ajuda à felicidade, por isso, arrume o seu mundo para que possa arrumar a sua mente e não se esqueça de felicitar-se com as suas conquistas, com aquilo que conseguiu melhorar já a partir deste momento.
Para finalizar registe que, quem não traça metas, não tem objetivos diários e não consegue organizar-se de forma a aproveitar bem o seu tempo. Na mesma sequência, quem arrasta as situações sempre com a desculpa de que não tem tempo, acaba por acumular tudo, por não encontrar soluções e por nunca conseguir sentir-se livre e descontraído, pois está sempre preocupado, não faz nada, mas também não aproveita nada, concluem os mesmos entendidos alertando que o lazer também é uma área fundamental de vida, bem como o tempo para estarmos connosco, em silêncio e a realizar atividades que nos dão prazer. Se mudarmos a nossa forma de olhar para as situações, acabamos por ver que há muito mais prazer naquilo que temos e que fazemos e que não vale a pena fugir de nós mesmos “para esquecer”. Torna-se imperioso que gostemos mais de nós para que também sejamos capazes de amar e tratar bem os outros, rematam.
