Economia

Subida das taxas aeroportuarias leva Ryanair a reduzir capacidade em Faro

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A Ryanair anunciou esta sexta-feira, que vai cortar ainda mais capacidade em Faro e no Porto, uma vez que a ANAC – Autoridade Nacional da Aviação Civil confirmou a subida de até 17% nas taxas aeroportuárias para 2024.

Em comunicado, a companhia aérea refere que “o monopólio aeroportuário da ANA não enfrenta concorrência em Portugal, o que lhe permite aumentar os preços sem penalizações. Só em Lisboa, as taxas de passageiros em 2024 aumentarão até +50% em comparação com 2019, apesar da maioria dos aeroportos europeus terem cortado as taxas de passageiros pós-Covid para recuperar o tráfego e o crescimento”.
 
A empresa fala de aumentos “injustificados e excessivos”, pelo que decidiu “reduzir ainda mais a capacidade em 40 rotas nas suas bases de Faro e Porto para o verão de 2024”. A Ryanair defende que o regulador ainda está a tempo de evitar “maiores danos à economia portuguesa, revertendo imediatamente a sua decisão míope e proibindo o aumento excessivo e injustificado dos encargos da ANA para 2024”.
 
«Estamos consternados pelo facto de o regulador português, ANAC, ter carimbado o monopólio da ANA nas taxas aeroportuárias, aumentos de até 17% a partir de Janeiro de 2024. Esta decisão bizarra terá um impacto devastador na conectividade, no crescimento do turismo e no emprego de Portugal, especialmente na Madeira e nos Açores», afirma Eddie Wilson, CEO da Ryanair.
 
O responsável frisa que a Ryanair já encerrou a sua base de Ponta Delgada, nos Açores, neste inverno e retirou um avião da Madeira devido ao aumento das taxas, tendo ainda cortado capacidade em várias rotas desde Faro e do Porto.
 
«O Governo Português deve intervir imediatamente para proteger o turismo português, as companhias aéreas, os passageiros e as economias insulares dos excessivos preços de monopólio da ANA que estão a afastar o tão necessário crescimento do turismo», aconselha Eddie Wilson.