Um sismo que “provocou” o colapso de estruturas e um ‘tsunami’ com impacto nos concelhos de Portimão e de Silves é o cenário para um exercício que na terça-feira vai testar a prontidão da Proteção Civil do Algarve.
O exercício PROCIVALG_24.2 vai envolver 33 entidades e 365 operacionais, com o objetivo de treinar a resposta da Proteção Civil na região a catástrofes naturais, no âmbito da intervenção de busca, socorro e salvamento do Plano Especial de Emergência para o Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve (PEERST-ALG).
Os vários agentes que integram a Proteção Civil vão atuar num cenário de um sismo ocorrido às 11:05, de magnitude 8.7 na escala de Richter, com epicentro na falha do banco de Gorringe, um maciço montanhoso submerso localizado a cerca de 120 milhas náuticas a oeste-sudoeste do Cabo de São Vicente.
O abalo fictício “provoca múltiplas ocorrências nos concelhos de Portimão e de Silves, onde será testada a busca e resgate em estruturas colapsadas, salvamento aquático e buscas subaquáticas”, lê-se num comunicado da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
A resposta, adianta a nota, será também testada no combate a incêndios, intervenção em ambientes contaminados por matérias perigosas, desencarceramento de pessoas e animais e escoramento de estruturas.
De acordo com a ANEPC, o exercício vai decorrer num cenário de “livex", com a mobilização real dos meios materiais e humanos, “com o intuito de promover o treino operacional dos agentes, organismos e entidades de apoio”.
“Paralelamente, serão executados os procedimentos no âmbito da evacuação primária, triagem e operacionalização de um Posto Médico Avançado, bem como instalação de uma Zona de Concentração e Apoio à População”, refere a Proteção Civil.
No contexto do exercício de 'tsunami' serão acionadas as sirenes de alerta instaladas na Praia de Rocha e na zona ribeirinha de Portimão, um sistema de aviso à população e projeto-piloto na região, promovendo a evacuação das zonas de risco com encaminhamento das pessoas para locais seguros, através da sinalética implementada.
As operações serão dirigidas a partir de um posto de comando operacional instalado junto ao tribunal de Silves, que congrega as capacidades de coordenação, comando, controlo e comunicações em articulação com as autoridades municipais.
Segundo a ANEPC, as ocorrências simuladas “pretendem conferir um contexto que permita desenvolver as ações expectáveis na sequência da ativação do PEERST-ALG, perante a ocorrência de um sismo de elevada magnitude” na região algarvia.
Além da ANEPC, o simulacro envolve os municípios de Portimão e de Silves, o departamento Marítimo do Sul da Autoridade Marítima Nacional, o Centro Distrital da Segurança Social, corpos de bombeiros, a Cruz Vermelha Portuguesa, o Comando Territorial e a Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR.
Participam ainda a delegação regional do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), as juntas de freguesia dos municípios participantes, o comando distrital da PSP, serviços municipais de Proteção Civil da região e a Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve.
Lusa