Os serviços de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Algarve, estão a participar num projeto de investigação que visa testar a tecnologia do Inseto Estéril (SIT) aplicada ao controlo de espécies invasoras de mosquitos.
O projeto, com uma duração prevista de dois anos (2022-2023), denomina-se "Integração da Técnica do Inseto Estéril no controlo do mosquito vetor invasor Aedes albopictus em Portugal" sendo conduzido por investigadores do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Segundo informa a ARS Algarve, a Técnica SIT, aplicada a mosquitos invasores e vetores de doença, é vista como uma componente de um programa para a gestão integrada de mosquitos vetores de doença e é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reduzir a população destes mosquitos e prevenir o aparecimento de doenças.
A técnica consiste em libertar mosquitos benéficos não picadores (machos estéreis) que, ao acasalarem com os mosquitos fêmeas de uma dada região, inviabilizam as novas gerações suprimindo a população de insetos.
Este projeto que decorre no âmbito da REde NAcional de VIgilância de VEtores (REVIVE), coordenada pelo INSA e em articulação com a Direção Geral da Saúde (DGS) e Administrações Regionais de Saúde (ARS), na qual a ARS Algarve participa desde 2006, prevê a execução de ensaios de campo, que consistem na marcação com cor de mosquitos benéficos (não picadores estéreis) e a libertação destes mosquitos marcados na freguesia do Montenegro em Faro, explica a mesma fonte.
Financiado pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tem como região alvo o Algarve, concelho de Faro, onde o mosquito invasor Aedes albopictus foi detetado em 2017 e se encontra atualmente estabelecido, conclui nota da entidade.