Política

Seca: Miguel Pinto Luz:“Ou agimos ou a agricultura no Algarve definha”

Miguel Pinto Luz (X)
Miguel Pinto Luz (X)  
Não obstante os sucessivos anos de seca que se têm vindo a registar no Algarve, Miguel Pinto Luz, cabeça de lista da AD por Faro, às próximas eleições legislativas de 10 de março, diz que o Governo PS foi incapaz de concretizar soluções para atenuar o problema da falta de água no Algarve. Para o também vice-presidente do PSD, "A seca climática e a seca de soluções do Governo são uma mistura explosiva que vai ser paga duramente pelos algarvios".

A AD entende que são precisas medidas de contingência, de "curtíssimo prazo", para salvar a agricultura no Algarve, designadamente a redução de consumo das autarquias em percentagem idêntica às perdas que cada uma regista no sistema em baixa. "O ciclo urbano tem uma média de perdas de 30 por cento, mas só se exige um corte de 15%. Deste modo, penaliza-se mais quem não investiu na manutenção das condutas e penaliza-se a agricultura. O esforço de poupança pode ser melhor redistribuído", defende em comunicado.
 
Outras medidas propostas passam pela instalação de um sistema de rega eficientes em jardins e espaços públicos. Permitir aos agricultores cuja produção seja substancialmente reduzida ou suspensa o acesso ao regime de lay-off dos seus trabalhadores; reabilitação dos furos municipais desativados, nos casos em que seja sustentável a sua reutilização; criação de uma linha de crédito para os agricultores afetados que permita o reescalonamento de empréstimos e obras de emergência nos aproveitamentos hidroagrícolas para melhorar a eficiência do sistema e reduzir perdas.
 
Segundo Pinto Luz, "O Algarve não pode só servir para passar férias e de motor da economia e depois quando precisam de nós não estamos lá para ajudar. É uma obrigação nacional".