No âmbito da última reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monotorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, presidida pela ministra da Agricultura e da Alimentação e pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, e na sequência da reunião desta quinta-feira com a Agência Portuguesa do Ambiente e Águas do Algarve, o conselho diretivo da Associação de Municípios Terras do Infante, esclarece em comunicado que, "há muito que os municípios de Aljezur, Lagos e Vila do Bispo tomaram diversas medidas do conhecimento das suas populações, por forma a mitigar os efeitos da seca nos seus concelhos, na região e no país, com resultados positivos".
Para a associação, as medidas agora aprovadas, não constituem "qualquer novidade", atendendo à atenção que tem sido dada à problemática da seca. Por isso, confirma que os municípios de Aljezur, Lagos e Vila do Bispo não irão estabelecer qualquer aumento de tarifa aos utilizadores domésticos, que caso acontecesse, "só agravaria o custo de vida de cada agregado familiar".
Sugere ainda, que a problemática em causa, "não se trata, mitiga ou resolve com medidas avulsas e desgarradas, mas sim de forma integrada, séria e responsável na esfera nacional".
A Terras do Infante, diz não entender, como foi possível ao Governo fazer constar os municípios de Aljezur, Lagos e Vila do Bispo numa lista de 43 abastecidos por sistemas críticos e lembra que os três concelhos algarvios integram o Sistema Multimunicipal de Abastecimento da Águas do Algarve que serve toda a região, como um sistema único para os seus 16 concelhos.
Recorde-se que o Governo anunciou, na quarta-feira, que, para fazer face à situação de seca, vai recomendar o aumento da tarifa da água para os maiores consumidores em 43 concelhos em situação mais critica. Segundo a lista de concelhos, 40, ficam a norte e centro do país e três no Algarve (Lagos, Vila do Bispo e Aljezur). São concelhos que têm uma capacidade de água que dá para menos de um ano.