A seca que se faz sentir em todo o país, está a ser mais severa no sul.
Em declarações ao Algarve Primeiro, António Pina, presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve - AMAL, diz que as reservas de água na região, dão para um ano, se o próximo inverno for igual a este, segundo dados da Administração de Região Hidrográfica do Algarve (ARH).
No próximo dia 15 de julho, está marcada uma reunião com todos os autarcas algarvios na sede da AMAL em Faro, onde deverão ser apresentadas novas medidas de combate à seca e à consequente falta de água.
O também autarca de Olhão, garantiu que uma das medidas que vão ser implementadas no concelho, tem a ver com a rega dos espaços verdes públicos, «90% dos espaços relvados vão desparecer, para darem lugar a soluções mais económicas do ponto de vista hídrico», dando o exemplo do renovado Jardim Patrão Joaquim Lopes na Zona Ribeirinha, que é sustentável do ponto de vista ambiental.
António Pina lembrou que poupar água é da responsabilidade de todos: «É preciso que as pessoas percebam e acho que ainda não perceberam o problema, mesmo com as campanhas de sensibilização que têm sido feitas, nomeadamente nos órgãos de comunicação social, o consumo humano em relação a 2019, subiu. Não temos mais população, temos mais ou menos o mesmo número de turistas e temos mais 15 a 17% de consumo», alertou.
O responsável garantiu ainda que para já não estão previstas restrições ao abastecimento público de água, mas o mais certo é haver um «aumento significativo» do seu custo, «vamos ter de implementar o chamado consumo normal com tarifas normais, mas acima desse valor, tem de ser altamente taxado para desincentivar o consumo».
Colocada a questão de se recorrer à captação de água através dos lençóis freáticos, foi-nos dito que a água não abunda e que a que existe, não tem a qualidade necessária para o consumo humano.
