O avanço do mar sobre os aquíferos é acelerado pela seca, mas também pela rega de campos de golfe, pelos resorts de luxo e pela agricultura intensiva.
A intrusão salina no aquífero Campina de Faro, foi alvo de um estudo encomendado pela Agência Portuguesa do Ambiente. Trata-se de uma reserva subterrânea de 86 quilómetros quadrados que vai de Olhão a Almancil, cuja área mais crítica situa-se nos resorts de Vale do Lobo e Quinta do Lago, com a água salgada a contaminar cerca de 5 quilómetros quadrados, afetando furos que davam para a rega de campos de golfe e alguma atividade agrícola.
Sabe-se que o aquífero acumula 6 hectómetros cúbicos de água por ano, no entanto, são retirados 13,7, o que fez recuar as reservas para 6 metros abaixo do nível das águas do mar, com a progressiva substituição de água doce por água salgada.