O Estado português iniciou o processo de classificação do Sanatório de São Brás de Alportel, que atualmente é um centro de medicina, mas que já tratou doentes com tuberculose, segundo o Diário da República.
A edição de quarta-feira do jornal oficial português avança a “abertura do procedimento de classificação do edifício principal e jardim frontal, casa do diretor, portão de acesso e a alameda dos ciprestes do Sanatório Carlos Vasconcelos Porto ― Sanatório de São Brás de Alportel”.
O anúncio oficial indica que o bem imóvel pode ser classificado como “de interesse nacional, de interesse público ou de interesse municipal”, segundo o decreto-Lei n.º 309/2009, que estabelece o procedimento de classificação dos bens imóveis de interesse cultural, de zonas de protecção e do plano de pormenor de salvaguarda, no quadro da lei do Património Cultural (Lei n.º 107/2001).
“Estamos muito satisfeitos. Trata-se de um monumento que conta uma história e que é muito importante para o município e a sua comunidade”, disse à agência Lusa a vice-presidente da Câmara de São Brás de Alportel, Marlene Guerreiro.
A classificação deste edifício vai permitir “proteger e valorizar o património cultural”, acrescentou a responsável municipal.
O Sanatório Vasconcelos Porto, inaugurado em 1918, foi um dos três estabelecimentos de saúde construídos em Portugal para abrigar os empregados dos caminhos de ferro doentes com tuberculose.
O estabelecimento chegou a ter uma grande importância a nível nacional, tendo-se assumido como um dos principais polos para o tratamento das doenças respiratórias no país.
O sanatório foi encerrado em 1991, tendo passado a ser gerido pelo Hospital Distrital de Faro.
Atualmente é o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, uma unidade de referência na área da reabilitação intensiva e de cuidados especializados que visa promover a reabilitação interdisciplinar em situações que exijam intervenções prolongadas e complexas, segundo a Unidade Local de Saúde do Algarve na qual está integrada.
Lusa