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Relações: As 5 qualidades que todos deveríamos desenvolver

Relações: As 5 qualidades que todos deveríamos desenvolver
Relações: As 5 qualidades que todos deveríamos desenvolver  
ArthurHidden Freepik
Segundo Erich Fromm, o amor também é algo que se aprende. Não basta sentir, mas adquirir um tipo de “alfabetização” para que ganhe forma.

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Para este psicanalista e filósofo alemão, não se trata de um simples jogo de palavras. As pessoas que sabem amar conseguem construir relações mais fortes e duradouras. «Quem simplesmente sente, mesmo que com muita intensidade, às vezes não consegue fazer as coisas funcionarem».

As pessoas que sabem amar são conscientes do que esse sentimento envolve. Não se limitam a deixar tudo fluir; enriquecen o amor com atitudes e valores, sendo de destacar as seguintes qualidades:

1. Confiança

Não devemos confiar cegamente numa pessoa, mas saber com o que contar dela, conseguir ajudá-la a desenvolver a sua melhor versão, deixá-la expressar-se em liberdade, mostrar o que é e o que sente, dando-lhe conforto e tranquilidade para que se sinta aceite e compreendida, ao mesmo tempo em que também desenvolvemos essas habilidades e esperamos que o outro nos retribua.

2. Respeito

A maior prova de respeito que podemos dar a alguém é aceitá-lo e permitir que seja igual a si mesmo. Não existe amor sem respeito, muito menos uma relação saudável sem que ambos o desenvolvam nas mais variadas dimensões.

3. Partilha

Partilhar não é só estar com o outro. É estar presente, estar em pleno, dedicar atenção, fazer planos em conjunto, dividir preocupações e aspirações, oferecer uma opinião sincera, compreensão, alegria e ser capaz de acompanhar e de se deixar acompanhar. É ter disponibilidade para se conhecerem, tempo para desfrutarem de momentos a dois, tempo para resolver problemas e tempo para se mimarem.

4. Diálogo

As pessoas que sabem amar entendem que o diálogo é fundamental para ter uma boa relação. O amor é feito fundamentalmente de conversas que nada têm a ver com futilidades ou superficialidades, mas diálogos que envolvem sentimentos, memórias, desabafos, confissões, sonhos, medos, dúvidas, opiniões.

O diálogo dá lugar a um maior conhecimento e a uma maior compreensão do outro. Representa a capacidade de comunicar, mas também de escutar. É a base da conexão emocional entre duas pessoas, pelo que, sem diálogo, não há amor.

5. Resiliência

Este é um ponto fundamental e decisivo para construir uma relação saudável e duradoura. Ser capaz de entender o outro, de aceitar os momentos menos positivos, o mau humor, as dúvidas, os medos e tudo o que envolve o dia a dia com alguém e voltar ao sentimento genuíno, reencontrar o amor que vos une, é um alicerce essencial para que se possa falar verdadeiramente num compromisso sério e baseado num sentimento forte. Para tal, é preciso ter paciência e aceitar que, nem sempre o outro corresponde às nossas expectativas, que precisa de um tempo para processar algo e que, igualmente nós também não estamos em pleno todos os dias e que merecemos a necessária compreensão, carinho e afeto.

Para terminar, importa lembrar a importância do compromisso, na medida em que, amar é admitir que se está com outra pessoa, que se deseja investir na relação, que se encontram estratégias para tentar resolver os problemas em conjunto, mas que também estamos dispostos a enfrentar a nossa pior versão, a fazer-nos aceitar e a ajustar aquilo que nos prejudica enquanto pessoas e que pode afetar a relação. Estar dispostos a alterar aquilo que é necessário e a validar diariamente o que sentimos por nós mesmos e pelo outro, é seguramente o garante da estabilidade e de um amor sincero e genuíno.

Já agora, não se esqueça de ser criativo, de desafiar o seu par para algo novo e de permitir que o amor vos inspire. Assumam que ser forte também é ser vulnerável e que resistir implica dar o nosso melhor, pedir ajuda ao outro e oferecer igualmente a nossa compreensão e dedicação e, efetivamente, temos de estar conscientes de tudo isso. O amor requer sentimento, mas também razão, uma pitada de aventura, mas com conhecimento, uma loucura, mas com os pés no chão, uma brincadeira, mas sempre ajustada ao contexto de vida e ao momento porque tudo tem de ter responsabilidade para que se prolongue no tempo e evite aquilo que não se deseja.